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O COMUNISMO E SEU MUNDO DO CRIME.

No fim da II Guerra Mundial, os acordos de Yalta entregaram à URSS metade de Europa, e alguns países de África. Porém os povos escravizados revoltaram-se: exemplos típicos dessa rebelião ocorreram em Berlim (1953), na Polônia e Hungria (1956). Mais de dois milhões de alemães fugiram pelas fronteiras ainda abertas. Tais acontecimentos constituíram um plebiscito incessante, atestando a recusa popular do paraíso operário. O Muro e seu prolongamento — a Cortina de Ferro — contiveram a sangria desmoralizante. Mas o sistema comunista desaparecia na miséria, na fome, nas prisões arbitrárias, nos internamentos e isolamento dos intelectuais, nas torturas, nos assassinatos em massa, na paralisia, e num crescente descompasso técnico e económico com o Ocidente. Os fracassos das guerrilhas na América Latina e em África, a frustração do "eurocomunismo" amordaçar povos de nações pela força, seria a derrota, caso não encontrassem eco na colaboração de alguns criminosos prosélitos do comunismo, que mediante golpe de estado e pela traição entregassem esses povos e nações, como aconteceu em Portugal a 25 de Abril de 1974. A vergonhosa derrota no Afeganistão foram episódios finais da agonia dos soviéticos. Nessa fase terminal, tomou corpo a idéia de salvar a chama comunista, com a tentativa de sacrificar o esclerosado regime dos soviéticos e dar um "salto para frente" para imergir na utopia.

O APERTO DOS DITADORES NO GENOCÍDIO DOS POVOS.


No dia 17 de Fevereiro 2011 pelas 11:00 horas da manhã, deu entrada no "Tribunal Internacional de Crimes" em The Hague, o processo crimes de genocídio contra a humanidade, contra o Ditador José Eduardo dos Santos e o seu regime de terror MPLA. E agendada uma conferência de imprensa para o mesmo dia em frente ao Tribunal The Hague (Haia) - Holanda.
Para aceder e ler os casos do processo crime, na coluna lado direito do Site clik sobre o logo de:
INTERNATIONAL CRIMINAL COURT (ICC) DEN HAAG.


"ANGOLA É GERIDA POR CRIMINOSOS"
Do Jornal Expresso: Terça feira, 6 de maio de 2008. Bob Geldof, esta manhã em Lisboa. O músico e activista teceu duras críticas às autoridades angolanas.
A afirmação é do músico e activista, Bob Geldof, esta manhã no Hotel Pestana Palace, em Lisboa, na conferência sobre Desenvolvimento Sustentável, organizada pelo Banco Espírito Santo e pelo Expresso.
Entre os convidados encontrava-se o embaixador angolano na capital portuguesa, Assunção dos Anjos, que acabaria por abandonar a sala. O Expresso já contactou o porta-voz da missão diplomática angolana em Lisboa mas até ao momento não foi possível confirmar se o diplomata tomou tal atitude em sinal de protesto. Quando se referia aos países cujo crescimento vai ser marcante para o desenvolvimento nos próximos anos, Geldof referiu-se especificamente a Angola. "As casas mais ricas do mundo do mundo estão na baía de Luanda, são mais caras do que em Chelsea e Park Lane", apontou, estabelecendo como comparação estes dois bairros luxuosos da capital inglesa. A assistir ao discurso estavam cerca de três centenas de pessoas, entre as quais os embaixadores do Reino Unido, da Irlanda, de Marrocos, da Argélia, entre outros.

ROSA COUTINHO - A MORTE DE UM VERDUGO - .

2 de Junho de 2010, morreu um canalha da pior espécie, um assassino, um traidor à Pátria e aos valores dos homens. Leva na "consciência!?" milhares de crimes, rios e rios do sangue derramado em Angola pelos seus "feitos" do "25 de Abril de 1974". Infelizmente não o conseguimos ver julgado e condenado em vida por crimes de genocídio contra a humanidade. Como de igual forma outros criminosos co-autores dos crimes, ainda vivos, que contribuíram para os massacres e o infortúnio de milhões de portugueses de todas as raças e credos.
           A justiça dos homens é falha. Mas, a Justiça de Deus é inexorável e incomensurável! 
Ficarão inscritos indelével na História com o sangue derramado pelos assassinatos dos povos de Portugal! 

                                              NÓS NUNCA ESQUECEREMOS!

ROSA COUTINHO - O EMISSÁRIO DE SATANÁS.

Agostinho Neto, Rosa Coutinho o "almirante Vermelho", Jonas Savimbi,
era conhecida a sua simpatia pelo MPLA comunista.

Luanda, 16 de Janeiro de 1975: 
Os Jornalistas interrogam Coutinho sobre os graves acontecimentos de crimes que se viviam em Angola. É notório a arrogância e a indiferença deste criminoso! 

A CARTA DE ROSA COUTINHO DE INSTIGAÇÃO AOS ASSASSINATOS

República Portuguesa 
 Estado de Angola 
 Repartição de Gabinete do Governo-Geral 

 Luanda, aos 22 de Dezembro de 1974 

 Camarada Agostinho Neto, 
                                A FNLA e a UNITA insistem na minha substituição por um reaccionário que lhes apare o jogo, o que a concretizar-se seria o desmoronamento do que arquitectamos no sentido de entregar ùnicamente ao MPLA.
Apoiam-se aqueles movimentos fantoches em brancos que pretendem perpetuar e execrando colonialismo e imperialismo português – o tal da Fé e do Império, o que é mesmo que dizer do Bafio da Sacristia e da Exploração do Papa e dos Plutocratas. 
                               Pretendem essas forças imperialistas contrariar os nossos acordos secretos de Praga, que o Camarada Cunhal assinou em nome do PCP, afim de que sob a égide do glorioso PC da URSS possamos estender o comunismo de Tânger ao Cabo e de Lisboa a Washington. 
                             A implantação do MPLA em Angola é vital para apearmos o canalha Mobutu, lacaio do imperialismo e nos apoderarmos da plataforma do Zaire. 
                        Após a última reunião secreta que tivémos com os camaradas do PCP, resolvemos aconselhar-vos a dar execução imediata à segunda fase do plano. Não dizia Fanon? Que o complexo de inferioridade só se vence matando o colonizador? Camarada Agostinho Neto, dá, por isso, instruções secretas aos militantes do MPLA para aterrorizarem por todos os meios os brancos, matando, pilhando e incendiando, afim de provocar a sua debanda de Angola. Sede cruéis sobretudo com as crianças, as mulheres e os velhos, para desanimar os mais corajosos. Tão arreigados estão à Terra esses cães exploradores brancos que só o terror os fará fugir. O FNLA e a UNITA, deixarão assim de contar com o apoio dos brancos, de seus capitais e de sua experiência militar. Desenraizem-nos de tal maneira que com a queda dos brancos se arruine toda a estrutura capitalista e se possa instaurar a nova sociedade socialista ou pelo menos se dificulte a reconstrução daquela. 

                                                                       Saudações revolucionárias
                                                                             A Vitória é certa
                                                                   António Alva Rosa Coutinho
                                                                          Vice-Almirante

Rosa Coutinho,  reconhece a veracidade da assinatura. 
«Um homem que escreveu uma carta destas é um assassino». 

 NOTA - Esta carta foi publicada pela primeira vez em Janeiro de 1975 num Jornal Sul Africano. Em Angola era o tema diário e a viva voz, principalmente na sua capital, Luanda. Constou-se que a sua inesperada substituição por Silva Cardoso (outro Canalha) quando ninguém a previa, esteve na origem do conhecimento público desta carta. Coutinho ao ter conhecimento sobre a divulgação pública da referida carta e questionado sobre a mesma em conferência de imprensa a 16/01/1975, as suas únicas palavras foram: "Quero lá saber o que dizem os reaccionários!" 

 

ANGOLA-RÚSSIA / PCP / CUBA.

A partir da tomada comunista de Fidel Castro, em 1959, Cuba passa a actuar em África sob o comando da Rússia (União Soviética), na fomentação e implantação da ditadura da morte mandou criar campos e comunas para treino de terroristas. Em Angola em 1960 na fomentação e participação do terrorismo contava com o apoio do Partido Comunista Português (PCP) na clandestinidade.  
Cuba não se limitou a enviar armamento para o MPLA, PAIGC, FRELIMO, etc... mas também enviou militares.  Em 1969, Portugal captura na Guiné-Bissau o capitão cubano Pedro Rodriguez Peralta (libertado em 1974). As relações entre Portugal e Cuba entre 1974 e 1991 foram particularmente estreitas. Nos últimos dois meses de 1974 e início de 1975 Cuba seguindo as instruções da Rússia, envia para Angola centenas de milhares de soldados para apoiarem o (MPLA), uma invasão estrangeira sobre território português apoiada pelo gang de Abril e Partido Comunista Português (PCP).
Entre 1974 e 1975 foram muitos os "militares" portugueses de Abril que se deslocavam a Cuba para se encontrarem com Fidel Castro, para afinarem as estratégias a seguir em Angola e em Portugal. Otelo Saraiva de Carvalho (chefe do COPCON), entre 21 e 30 de Julho de 1975, teve honras oficiais, sendo um dos oradores das comemorações oficiais do 26 de Julho, data que assinala o assalto ao Quartel Moncada e o início da revolta contra Fulgêncio Baptista.
Em Agosto de 1975 Rosa Coutinho encontra-se em Havana com Fidel Castro para acertar os detalhes da invasão cubana em grande escala. 
Em 1977 foi a vez do General Costa Gomes (ex- Presidente da República) de se encontrar com o ditador cubano. O povo português já tinha recusado por completo o modelo cubano. Assinale-se o facto de em Maio de 2001, Cuba ter condecorado Vasco Gonçalves (antigo primeiro-ministro) com a Ordem "Playa Girón", pelo apoio que lhe deu em 1974/1975. Entre 1974 e 1975 o PCP apostou na implantação em Portugal de um regime semelhante ao que existe em Cuba. Uma ideia acalentada pelos sectores das forças armadas portuguesas, que entre 1974 e 1975 criaram as condições para o êxito da invasão cubana de Angola (Rosa Coutinho, Vasco Gonçalves, Vasco Lourenço, Vitor Alves, Otelo Saraiva de Carvalho, etc...).
Alguns meses antes da "Independência" de Angola (Nov.1975), Cuba reforça o número das suas tropas para este país. Os protestos são contínuos. A 22 de Abril de 1976, foi colocada uma bomba na Embaixada de Cuba em Lisboa, destruindo as instalações e matando dois diplomatas cubanos: Adriana Corcho e Efrén Monteagudo. O conflito angolano rapidamente se internacionalizou. Os cubanos só em 1991 abandonam Angola, deixando atrás de si um país devastado, saqueado, e cerca de dois milhões de mortos.



Rogéria Gillemans

A "DESCOLONIZAÇÃO EXEMPLAR" ( I ).

                        DO LIVRO "LONGE É A LUA, MEMÓRIAS DE LUANDA -ANGOLA". 

Nos chamados acordos de Alvor (que não foi mais que um palco de teatro e de falsidade, iludindo todos os portugueses) estava previsto a realização de eleições livres. A população de Angola vivia na esperança de um país multirracial, tal como o era há cinco séculos.
Rapidamente, os portugueses de Angola despertaram para a realidade, em especial quando se foi tornando visível o crime da "Revolução da Perfídia" dissimulado atrás das proclamações e discursos cacarejados ad nauseum pelos pastores da decadência, e mestres de todos os crimes, que surgiram em tropel, indivíduos que obedeciam e, obedecem aos ditames e determinações dos piores inimigos de Portugal, e os factotums mais ou menos ocultos (et pour cause) da subversão mundial, que vociferavam chavões pré-concebidos como “liberdade”, “democracia” e “direitos dos povos”, ao mesmo tempo impunham o terror com as armas na imposição ao arrepio da funesta ditadura comunista com todo o seu cortejo de abusos, atrocidades e violências, como é de regra entre os que se servem de slogans altissonantes para camuflar negócios escuros e actividades, pela menor das quais iriam parar à cadeia.
Em Angola, nas últimas semanas de Maio 1974 as portas das cadeias são abertas para a libertação de todos os assassinos, terroristas, delinquentes, e malfeitores.
Em Luanda a 10 de Junho 1974, encontravam-se muitos estrangeiros e jornalistas para assistirem ao campeonato internacional de hóquei em patins que inaugurava a cidadela de Luanda, construída na zona de S. Paulo. A presença dos jornalistas e estrangeiros foi explorada pelos terroristas na instigação ao terror e ao crime, entre esses, José Van Dúnem, (o mesmo que a 27 de Maio de 1977 foi assassinado pelo próprio MPLA e que estes lançaram o seu corpo de um avião para uma floresta), esse terrorista a quem as portas da cadeia São Nicolau foram abertas em Maio de 1974, era até então um desconhecido para o povo, durante o mês de Junho nos bairros suburbanos, em especial no muceque Sambizanga, desencadeou uma campanha de instigação ao ódio e ao racismo contra os portugueses, e ao tribalismo contra a UNITA e a FNLA, dizia-se representante de Agostinho Neto, em Luanda, e afirmava defender um vínculo mais forte com Moscovo. Dessa campanha de instigação ao ódio e ao racismo viriam a resultar as primeiras vítimas portuguesas em Luanda "um Taxista e dois Polícias" assassinados à catanada e pendurados com cordas ao pescoço numa árvore no muceque Sambizanga e, a eclosão dos primeiros distúrbios em vários bairros periféricos, muceques, entre as fracções rivais.
*P.98

Na manhã de 11 de Julho de 1974, a população que já vislumbrava nuvens negras no horizonte, acordou em sobressalto com a notícia da descoberta às primeiras horas da madrugada dos corpos de um taxista e de dois agentes da polícia (PSP) assassinados, imediatamente desencadeou-se um levantamento da população branca, para travar esse levantamento, consequência desses crimes, em Lisboa foi tomada a decisão do envio de Rosa Coutinho para Angola.  Assim, o Governador Geral de Angola, General–Silvino Silvério Marques– a 22 de Julho recebe ordem de regressar à Metrópole, foi desta forma arbitrária saneado, por déspotas, do seu cargo conferido por Lei Constitucional de um Estado legítimo. Acto esse que desmascarou a traição concertada em Lisboa e que iria ser concluída em Angola.
É, então, nomeada uma junta governativa chefiada pelo almirante de pacotilha Rosa Coutinho. Ao chegar a Luanda e após instalar-se no Palácio do Governador-Geral, a sua primeira ordem foi mandar desarmar os corpos institucionais da ordem, a Polícia, e, em conivência com o MFA ordena pessoalmente que os militares que em Junho de 1974 se encontravam em Angola ao serviço da Nação, no cumprimento regular do serviço à Pátria (de escassa ou nenhuma confiança, face às directivas promulgadas pelos tenebrosos esquerdistas) regressarem rapidamente para Lisboa, para serem substituídos pela tropa-fandanga abrileira preparada e “trabalhada” pelos ideólogos e capatazes comunistas dos quartéis de Lisboa, sobre o molde marxista-leninista, cujo juramento dessa nova tropa foi feito com punho fechado.
Ao mesmo tempo que os militares ao serviço da Pátria regressavam a Lisboa, eram substituídos por indivíduos desprezíveis com propensões ao crime, que no trajar e na falta de asseio eram comparáveis ao Che Guevara com barba de arrumador que vivia escondido pelos pântanos e cavernas das matas da Bolívia. A estes grupelhos deram-lhes o nome de militares, uma farda para vestir, e enviaram-nos para Angola ao serviço do MFA e de Rosa Coutinho cujo objectivo era entregar Angola ao colonialismo soviético via cubanos e MPLA.
Assim, em lugar de soldados regulares de um exército regular, desembarcam em Angola bandos de desordeiros, criminosos e assassinos, desleixados e imundos, com guedelhas sebosas e desgrenhadas, barbas de arrumadores e cigarro ao canto da boca. Uma grotesca chusma, um verdadeiro atentado à moral e à ética militar, uma mancha vergonhosa nas fardas de um exército que até então tinha sabido honrar e dignificar a Nação portuguesa, um atentado aos valores dos honrados militares que tinham defendido os povos e territórios de Portugal, e insulto grosseiro à memória dos que tombaram em defesa da Pátria. 
Não tardou que a tropilha abrileira e Rosa Coutinho tomassem conta da situação em todos os sectores, para começar e como primeira medida, a sombria personagem deu ordem de desarmar a polícia, ficando a população branca, totalmente indefesa, e sem qualquer protecção das entidades oficiais, ao mesmo tempo que o almirante de pacotilha e sua tropa-fandanga animavam e encorajavam abertamente as acções dos grupúsculos comunistas do MPLA. A polícia foi substituída por patrulhas formadas com elementos dessa tropa e do MPLA, e a liberdade proclamada pelos traidores e facínoras passou a ser imposta pelas lâminas das catanas e pelas pontas das baionetas em mãos assassinas. Em Agosto de 1974, um mês após a chegada de Rosa Coutinho, 34.000 portugueses fogem de Luanda para Lisboa e para outros destinos. Na cidade começa a reinar a anarquia, os assaltos, os roubos, e os confrontos armados nos quais participava activamente a tropa-fandanga de Abril, e que se alastravam às cidades e vilas do interior de Angola, os confrontos iam assumindo proporções de guerra civil, declarada com a entrada do ano de 1975.
*P. 99

Luanda, Fevereiro 1975. A violência recrudescia em proporção geométrica, e a criminalidade grassava monstruosamente. Entre os constantes roubos, assaltos, assassinatos e violações, o rebotalho de Luanda cevava ódios e dava livre curso aos instintos mais baixos e selvagens. Cujos autores, muitos deles, nem sempre eram marginais, mas pessoas que até ao 25 de Abril se comportavam como cidadãos decentes e zelosos, no cumprimento do dever e no respeito pelas relações entre as etnias.
Durante o dia não cessava o fragor das metralhadoras e das armas pesadas, granadas que explodiam umas no vazio, outras contra os edifícios. Inúmeras viaturas eram pasto das chamas.
Seguiu-se uma campanha desenfreada para explorar o obscurantismo de brancos e negros. Foi divulgado que a FNLA assava crianças, arrancava corações, bebia o sangue dos inimigos, que na delegação da Avenida do Brasil e no seu quartel no Cazenga tinham sido descobertas salas de tortura, onde se escondiam dentro de frigoríficos frascos com sangue e corações humanos, que havia corpos de pessoas queimadas e mutiladas. A médica encarregada do laboratório da Faculdade de Medicina desmentiu esse tipo de propaganda, divulgando que o sangue e os corações pertenciam ao Museu Anatómico. Foi presa, ante o pavor dos filhos, pelo MPLA com a cumplicidade das autoridades portuguesas. A ameaça de greve geral dos médicos, na altura, salvou-a. Libertaram-na, expulsando-a para Lisboa. E, assim, a posição da FNLA tornou-se insustentável em Luanda.
O MPLA conjuntamente com as tropas portuguesas de Abril iniciaram uma perseguição tenaz na Avenida D. João II, à entrada da Rua Coronel Artur de Paiva "chaimites da tropa portuguesa" disparavam sobre soldados da FNLA, que fugiam desarmados e, cujo medo era tão grande que enquanto corriam despiam a farda para mostrarem que estavam indefesos e que apenas queriam salvar-se. Pretendiam alcançar o bairro do Saneamento onde viviam os ministros da FNLA, e o largo do Palácio, na esperança de ali conseguirem protecção.
Na calçada de Santo António em frente da Rádio Ecclesia, Emissora Católica de Angola, fizeram igual caça –a tropa portuguesa abrileira sorria perante o espectáculo– as balas não paravam de chover, os mortos lá ficaram, tombados nos passeios ou no pavimento das ruas. Os que viveram foram retirados pela UNITA e levados para as terras de onde eram oriundos.
Março 1975, pelas ruas da cidade diariamente aconteciam combates violentos entre o MPLA, a FNLA e a UNITA.
*P.100

Luanda, Março 1975. Às portas de Luanda o paiol do quartel militar, Grafanil, foi bombardeado com obuses de artilharia e voou pelos ares, na consequência dessa violenta explosão a cidade inteira foi sacudida, como forte terramoto.
Granadas explodiram nos depósitos da Petrangol, Refinaria de Luanda, a cidade inteira esteve prestes a sumir-se num mar de labaredas que nada poderia apagar se o combustível derramado se inflamasse.
Na Liga Nacional Africana, situada na zona da Vila Clotilde, encontravam-se elementos da FNLA escondidos, dezenas de guerrilheiros do MPLA tomaram-na por assalto com metralhadoras, lança-granadas, e granadas presas à cintura, circundaram toda essa área residencial, os moradores das casas vizinhas trancaram as portas e as janelas, protegendo-se na parte da casa que pensavam ser a mais segura, e permaneceram abraçados, rezando, pedindo a protecção do Divino.
Em Luanda restou à FNLA a Fortaleza de São Pedro da Barra, cuja guarnição resistiu durante muito tempo aos assaltos do MPLA, recebendo reabastecimento à custa de subterfúgios que ultrapassavam as mentes mais imaginosas. Os militares cercados não se rendiam. Uma ambulância foi destruída e nela morreram enfermeiras e enfermeiros.
Para desespero da FNLA um dos seus representantes no governo provisório o ministro da agricultura, Neto, assinou a rendição dos sitiados e fugiu para a Suíça onde se juntou à mulher e aos filhos. Os defensores da Fortaleza baixaram os braços e saíram da cidade sem serem molestados pelo MPLA. Constou na altura que a FNLA minara o porto de Luanda, e que o MPLA não poderia receber armamento desembarcado de navios da Cortina de Ferro. Até que a FNLA se viu forçada a abandonar a capital e estabelecer-se mais ao norte. E quando a 4 de Julho de 1975 o MPLA massacrou 250 recrutas da UNITA em Luanda, a UNITA abandonou, também, Luanda. A direcção da UNITA decidiu sair da capital e concentrar-se nas cidades do planalto central de Angola. Assim, em Luanda ficou apenas o MPLA que pelo terror e assassinatos esperava a partida dos portugueses. E, inaugurava a era dos assaltos, das buscas domiciliárias, das prisões arbitrárias, das casas destruídas, e incendiadas, dos assaltos, roubos e destruição aos estabelecimentos comerciais, na maioria dos casos pelo simples prazer de destruir e incendiar.

Na estrada de Catete grupelhos entre os 12 e 16 anos idade, armados com metralhadoras, com paus e com catanas interceptavam os automóveis de portugueses que fugiam e tentavam chegar a Luanda, após matarem os ocupantes incendiavam os automóveis.
Um funcionário do matadouro municipal que tinha sido preso com um filho, foi espancado durante horas por esbirros do MPLA, e quando se cansaram de bater abriram-lhe a cabeça com uma catana. Ao marido de uma escriturária da DGS enrolaram nos testículos e no pénis um rastilho de pólvora, depois de quase o matarem à pancada. Quando se preparavam para lhe atear o fogo um soldado das FAPLA “condoeu-se” e convenceu os camaradas a enrolarem o rastilho e acenderem-no num braço da vítima e, assim foi feito.
Na barra do Quanza uma criança branca de quatro anos de idade (menino) foi encontrado gravemente ferido pelos golpes das catanas. Sobreviveu porque os assassinos o julgaram morto. Depois de cercarem e assassinarem a golpes de catanas os pais e os membros da família dessa criança que tentavam chegar a Luanda, incendiando o carro de seguida. A criança foi encontrada mais tarde e levada para um hospital de Luanda. 
O engenheiro Bandeira, Administrador da Petrangol, ficou com as pernas e os braços deformados e praticamente inertes, depois das sessões de tortura a que o submeteram.
Um pasteleiro do bairro da Cuca foi brutalmente torturado e obrigado a assistir à violação da mulher e das filhas.
Na Av. Brasil uma portuguesa foi morta dentro do seu apartamento atingida pelas rajadas das balas tracejantes. Nas casas os pais procuram proteger o melhor possível os seus filhos, em muitos casos a escolha eram os quartos de banho, improvisando camas nas banheiras ou colchões pelo chão, por ser a parte da casa menos exposta aos bombardeamentos das granadas lançadas dos morteiros ou das balas tracejantes que eram utilizadas pelos criminosos.
Nas masmorras dos muceques inúmeros homens e mulheres enlouqueceram pelas torturas infligidas e muitos outros foram assassinados.
 *P.101

Pelas ruas de Luanda a população organizava-se em manifestações e marchas para pedir ajuda ao governo da Metrópole, mas essa ajuda era negada. Que misericórdia se pode esperar de lobos que entram num redil? Face aos repetidos insucessos e, ao manifesto desprezo dos governantes, os portugueses começaram a fazer manifestações junto dos cônsules dos EUA, França, e Suiça. A população de Luanda e de outras cidades ou vilas manifestavam-se em pedidos de ajuda, pediam aviões e navios que lhes permitissem a saída urgentemente de Angola. Centenas de pessoas, muitas das quais moradoras no bairro da Cuca, então a ferro e fogo, dirigiram-se ao Palácio onde Rosa Coutinho se tinha instalado, para pedir ajuda e protecção, a tropa abrileira que o guardava impediu-lhes a passagem. A multidão protestou, reclamou e gritou indignada, mas pouco podia fazer perante a ameaça das armas apontadas contra si. Então, os ânimos chegaram ao rubro. Um grupo de homens lançou-se contra o gradeamento do jardim do Palácio arrancou-o, forçou a passagem, e entrou pelas janelas. Um desses portugueses ao ver as armas apontadas e prontas a disparar, num clamor de raiva e de desespero gritou – Se nos querem matar, matem-nos agora!!! Porque é isso que nos vai acontecer a todos! – É o que esse homem quer!!! – Gritou alguém de entre a multidão.
A porta de entrada foi arrombada sem demasiada dificuldade, e quando os primeiros entraram no Palácio, Rosa Coutinho que se encontrava escondido apareceu e as suas únicas palavras foram:  "O que é que vocês querem? Vão-se embora!". Perante tal arrogância e prepotência, uma portuguesa, Maria Emília Ferreira, comerciante no mercado do Kinaxixi, e moradora no bairro da Cuca, destacou-se de todos e dirigiu-se directamente a ele ameaçando matá-lo com as suas próprias mãos, agarrando-o pela camisa, que na tentativa de fuga foi rasgada, ficando um botão na mão de Maria Emília Ferreira. Houve mesmo quem o agarrasse pelo pescoço. Cercado, pálido e a tremer de medo Rosa Coutinho saltou para cima da secretária exigindo a protecção das tropas abrileiras presentes, que já tinham pedido reforços ao quartel-general. Quando chegaram, dezenas, armados com metralhadoras, nas viaturas do exército, o fantoche fugiu por uma janela da parte de trás do Palácio.
Perante a fuga do fantoche vermelho, essa multidão de portugueses rodeados por dezenas de vagabundos militares abrileiros com armas nas mãos apontadas, sob ameaças de dispararem, desta vez com argumentos mais "persuasivos" com disparos para o ar, foram obrigados a abandonar o local. Enquanto se afastavam gritavam que haviam de o matar. E, percorreram as ruas da cidade ao som das buzinas das viaturas ligeiras, camionetes e camiões em manifestação de protesto, revolta, e desespero contra a índole criminosa, a tirania, e o cinismo deste infame traidor e assassino vermelho. A partir desse dia, Rosa Coutinho acoitou-se no alto mar a bordo de uma fragata da Marinha, e nunca mais foi a terra sem se fazer acompanhar de um pelotão de abrileiros armados. 
A partir dos meados do mês de Outubro e durante o mês de Novembro de 1974, o desembarque de cubanos passou a ser mais frequente (ainda que discretamente), perfazendo no ano seguinte 1975, e 1976 o total de 300.000 soldados, assomando assim a guerra civil que se alastrou a todo o território angolano e o domínio do mesmo pelos russos através das tropas cubanas, e do MPLA.
 *P.102

 Do Livro "LONGE É A LUA" - Memórias de Luanda-Angola, de Rogéria Gillemans. Op. cit., P.98 a 102, ISBN 978-989-20-1341-1. Reservado o direito de autor, previsto e protegido pela Lei, como tal, a sua cópia total ou parcial não autorizada é um acto ilícito passível de acção, previsto na Lei!

1975 - OS COMISSÁRIOS MFA E A AGONIA DE ANGOLA.

Com a ânsia do poder o MPLA sob a conveniência e negligência destes comissários enviados de Lisboa pelo MFA, Angola foi ainda mais rapidamente para um banho de sangue.
O Comissário, António da Silva Cardoso, fugiu, abandonou povo e território de Portugal, voou para casa para consultas em Lisboa, ele deixou para trás uma terra rasgada e sangrando, a decomposição dos cadáveres, contaminados, pelas cidades, e falta de abastecimento de água (abastecimento sabotado pelos bandoleiros). O combate entre os movimentos rivais engolia o último território Africano de Portugal e à causa dos ditos Comissários levantou desde o início a perspectiva de uma transição não ordenada a 11 de Novembro 1975.
Estima-se que 4.000 pessoas, a maioria negros, morreram nos combates desde o início do ano de 1975 até ao dia 11 de Novembro, onde a luta se tinha concentrado na capital, Luanda, e onde grupos rivais se impunham em duelos de artilharia pesada, passando ao norte e centro do território e para o enclave de Cabinda que é rico em petróleo. Ao norte alguns dos mais sangrentos combates ocorreram em torno de Malange, e na área de cultivo de café a 250 milhas a leste de Luanda.
Devido aos grupos armados, a maioria menores de idade, que atacavam as viaturas nas estradas que ligavam as cidades e as vilas do interior à capital, e onde famílias inteiras de portugueses foram assassinadas quando fugiam para Luanda. Os portugueses das zonas norte e centro decidiram partir em direcção ao sul, formando um enorme comboio de viaturas ligeiras e pesados, essa rota foi considerada perigosa, era necessária protecção militar, solicitada essa protecção as tropas portuguesas de Abril recusaram fornecer uma escolta armada. Apesar dos perigos, a maior parte desse comboio chegou com segurança a Nova Lisboa, a segunda maior cidade de Angola, onde já se encontravam 20 mil refugiados brancos à espera de evacuação. Cena caótica. Outros seguiram ao longo da costa do Lobito para o sul, Namibe/Moçâmedes, rumo às fronteiras com o Sudoeste da África e da África do Sul, ao longo do percurso iam-se juntando outras viaturas de portugueses das várias vilas e cidades do sul de Angola.
Luanda era uma cena caótica as pessoas fugiram dos combates nos subúrbios e lotaram o centro da cidade em busca de protecção. Milhares de negros atolados nas praias à espera de barcos com destino aos portos mais tranquilos que, ainda, existiam no norte, enquanto os brancos acampados na capital, no aeroporto Craveiro Lopes, clamando pelos voos de Lisboa. Para lidar com a crise de emergência começaram por seis aviões por dia, aumentando os voos por dia quando a França se junta ao esforço de evacuação, as autoridades estrangeiras chamaram ao envio de aviões de "ponte aérea de emergência do caos", mesmo assim, era duvidoso que o transporte aéreo fosse capaz de acomodar todos. Praticamente todos os 430 mil portugueses brancos que ainda restavam queriam sair, e ninguém tinha a certeza de quantos africanos de Angola, estima-se 5.400.000 negros, tentariam sair.
No norte, mais de meio milhão de angolanos negros fugiram para o Zaire, durante a guerra (no retorno em antecipação da "independência" foram-lhes cortadas as fontes de alimento e ameaçados pela fome).

 Altas patentes do Movimento das Forças Armadas de Portugal deram o aval ao envio de tropas cubanas e armas soviéticas para Angola em 1975, escreve nas suas memórias Oleg Najestkin, antigo agente secreto soviético.
 

                                              Rogéria Gillemans

ANGOLA ERA ASSIM, ANTES DO 25 DE ABRIL DE 1974.

OS MENINOS DE ANGOLA NA PAZ E NO PROGRESSO

O lanche nas escolas.
Refeicão, almoços nas escolas.

Alunos da escola primária junto ao Baleizão 
(restaurante, café e gelataria), na baixa de Luanda.
               
A prova da coca-cola ou o saudável e harmonioso 
convívio das gentes de Angola!

Luanda 1967,visita a Angola
 do Primeiro Ministro Excelentíssimo Prof. Dr. Marcelo Caetano.

 
Escoteiros,
um grupo de jovens fazem juramento sobre a Bandeira Portuguesa. 


 ANGOLA ANTIGA     

A vida árdua de quem construiu Angola.
Enfrentando todo o género de vicissitudes, mas sempre com sorriso reconfortante, na extraordinária confiança no futuro. 


 Angola-Luanda de 1958 a 1974.




QUEM NOS EXPLICA PORQUE ESTAMOS CÁ? 
Que infantilidade foi essa de abandonar um povo inteiro, sem ao menos ter em conta os seus direitos indiscutíveis!  A Democracia prometida e a consulta popular que ela consubstancia haveriam de convergir para uma solução de independência, de paz, de progresso e de bem estar social para todo o povo. Muitos de nós, nascidos ou criados em Angola, brancos, negros e mestiços (ingénuos) pensávamos que nenhuma decisão seria tomada sem ouvir o povo, esse povo que se viu sem Pátria e a sua honra perdeu-se no lodaçal do sangue e do medo dos que ficaram, e dos que fugiram em pânico e em raiva daquela Angola tão nossa, fecundada com o suor do esforço do trabalho dos nossos antepassados, dos nossos país e dos seus filhos (durante cinco séculos), calcinados no enorme braseiro ateado pela traição, das ambições desmedidas e do crime, e há-de repercutir-se na fome e na miséria que se vislumbra no futuro comum. 
O povo de Portugal abandonado e a bandeira portuguesa arriada, pela soldadesca criminosa de Abril, dos altos onde flutuava ao sol de Angola, vai desbotar com certeza, e um clarão de vergonha, uma espécie de fogo-fátuo iluminará num relâmpago a História de Portugal, e mergulhá-los-á nas trevas da ignomínia e da ira.

A "DESCOLONIZAÇÃO EXEMPLAR" ( II ).

DO LIVRO "LONGE É A LUA, MEMÓRIAS DE LUANDA - ANGOLA".
Angola de território "cosmopolita português" foi transformado num qualquer país africano, passando pelo assassinato de mais de 2 milhões de africanos, europeus e euro-africanos, e a destruição das vidas construídas em Angola de centenas de milhares de portugueses europeus. A guerra civil foi particularmente feroz no interior, empurrando para a capital vários milhões de pessoas, a maioria estrangeiros dos países vizinhos que se aproveitavam dessa guerra, a população de Angola era até 1974 de 5.673 milhões de habitantes, passou para 15 milhões. Em 1975, as infra-estruturas de águas e saneamento estavam calculadas para 600.000 habitantes. A cidade abriga hoje 4 milhões e 100.000 habitantes (números fornecidos pela ONU e pela ACNUR, Handbook on Voluntary Repatration). Angola desde 1975 vive entre o afro-comunismo e o petro-dólar. Luanda é a cidade mais cara do mundo, a classificação que melhor a define actualmente é, LIXO, LUXO e COLONIALISMO.
A cidade de Luanda não passa de uma gigantesca lixeira a céu aberto. Luanda é um caos onde se misturam sem pudor o lixo e o luxo, as doenças e os milionários, o petróleo e a fome, a miséria e a morte, o abandono das crianças que vivem nos esgotos e o tráfico de drogas e de diamantes.
Por todo o lado existem milhares de mutilados e milhares de diamantes, hotéis de cinco estrelas e milhares de barracas, a miséria e as festas milionárias, as minas anti-pessoal por desactivar por toda a parte, e minerais por explorar e, angolanos que morrem à fome ao lado de imundícies infectas, e stands de automóveis de luxo, anúncios de telemóveis e computadores, sistemas de ar condicionado para casas dos milionários, e bares sumptuosos…
Luanda foi transformada numa das cidades mais perigosas do mundo, onde a criminalidade atinge índices alarmantes. A dois passos de distância do fausto, da riqueza e da ostentação, a podridão e a miséria, as doenças degenerativas, os esgotos a céu aberto onde as crianças brincam, vivem, e tomam banho, a insalubridade nauseabunda e repugnante...
Segundo as estatísticas do governo dos EUA a produção de petróleo em 2005 foi de 1,6 milhões de barris diários ou, seja, a 19.ª do ranking mundial. O salário mínimo é de 50 dólares por mês, 70% dos 15 milhões de angolanos vivem abaixo da linha de pobreza com 1,7 dólares por dia. Certos dados macroeconómicos informam que a inflação passou em 2002 para 350%.
A guerra acabou com a agricultura (não se cultivam mais de 5% das terras aráveis, segundo a FAO) e paralisou a actividade industrial, destruiu a rede de estradas e caminhos-de-ferro e arrasou áreas enormes. Muitos angolanos acabam de conhecer o dinheiro saído do tráfico dos diamantes e da cocaína. A corrupção e a violência domina Angola.
 *P.137

A presença de executivos estrangeiros é tão notória que chega a ser insultuosa, os oito hotéis de Luanda (cuja diária ultrapassa 160 euros) estão sempre cheios, e durante a noite nos bares de luxo veêm-se desfilar impudicamente com atitudes e gestos marcadamente colonialistas.
Quando se pergunta a um natural de Angola "como é possível a existência de semelhante barbárie num país tão rico?" Temos sempre a mesma resposta:
-"A população sente-se profundamente revoltada e indignada com o governo e com o regime mas tem medo de falar, o MPLA cortou a cabeça a muitos milhares de angolanos em 1977, e por isso vive-se entre o terror e a repressão."
Por outro lado existe profusão de etnias dos países vizinhos, e de outras raças que se fixaram em Angola colonizada por russos, cubanos, chineses, etc...
Actualmente pelos angolanos mais simples do povo não é raro ouvir-se quando encontram um português - "Que a guerra e a pobreza foi a "descolonização" que não acaba".
Falar de paz em Angola é tergiversar a verdade dos factos, em Cabinda a guerrilha de separatismo do enclave é um facto. Como o surgimento das guerrilhas tribais e a revolta dos sobreviventes e órfãos dos massacres praticados pelo MPLA, russos e cubanos. Ao longo de três décadas de guerra morreram mais de 2 milhões de seres humanos; 4.1 milhões foram deslocados internos; 436.000 levados para os países vizinhos: Zâmbia, Congo-Brazzaville, República Democrática do Congo.
O número de mutilados civis resultado de minas anti-pessoal é de 80.000.
Não constam neste relatório as milhares de vitímas que foram selvaticamente espancadas e torturadas, vindo a morrer ao longo dos anos, e outras pelos traumas tornaram-se vegetativas.
Rafael Marques, jornalista e activista dos direitos humanos, natural de Malange, trabalhou para a Open Society Institute em Angola, fez um relatório sobre os direitos humanos em conjunto com Rui Falcão de Campos, onde denuncia a escravatura a que foi submetida a população das Lundas (Malange), onde os lundas são tratados pior que escravos.
Refira-se que é em Malange que se encontra a Diamang, a companhia de exploração de diamantes. *P.138


Do Livro, "LONGE É A LUA" - Memórias de Luanda-Angola, de Rogéria Gillemans,
Op.cit., P. 137 a 139, ISBN 978-989-20-1341-1.
NOTA- Reservado o direito de autor, previsto e protegido pela Lei, como tal, a sua cópia total ou parcial não autorizada é um acto ilícito passível de acção, previsto na Lei!

DESCOLONIZAÇÃO OU CRIME?


O MAÇON MARXISTA DO SOCIALISMO !

Mário Soares "homem" sem escrúpulos, pérfido, oportunista, e velhaco. 
Pretendeu instituir o culto da sua pessoa e converter-se numa figura popular para domínio do poder e do povo. Durante a revolução gritava pelas ruas do país a palavra de ordem: "Partido Socialista, Partido Marxista". Esteve com todos, e traiu todos, explorou situações, usou pessoas, unicamente para auferir proventos de qualquer natureza em seu próprio benefício. Foi grande amigo do Facínora Ditador da Romênia Socialista, Nicolae Ceauşescu, figura que admirava e que chegou apresentar como modelo a ser seguido para Portugal. Agora um velho baboso e pantomineiro que andará ressabiando com a idade vai-se desdobrando em tentativas de "aparição" fazendo comentários à situação política e económica interna e externa muitas vezes de forma contraditória, mas, sempre, como ao longo de toda a sua vida, em seu estrito interesse pessoal. 

 MARX FOI UM DOS PIORES CRIMINOSOS NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE:
         O comunista socialista Karl Marx igualmente frequentador das sociedades secretas escreveu a propósito:
 "Sem violência, não dá para se chegar a realizar nada na história", ou seja, "Sem violência, não dá para se chegar a realizar riqueza". Marx afirmava que o dono da riqueza é a classe dirigente porque usa o poder económico e político para impor sua vontade ao povo. Ele achava que a classe dirigente jamais iria abrir mão do poder por livre e espontânea vontade e que, assim, a luta e a violência eram inevitáveis. Os seus prosélitos pensavam na mesma sociedade preconizada por Marx e na mesma maneira de chegar ao poder. Negava ainda a existência da Alma e outra vida depois da morte: O objectivo principal do comunismo socialista em conquistar novos países não é estabelecer novo sistema social ou económico, é sim zombar de Deus e louvar a Satanás: "Os vapores infernais elevam-se e enchem o cérebro, Até que eu enlouqueça e meu coração seja totalmente mudado Vê esta espada? O príncipe das trevas, Vendeu-a para mim." (Marx). Em seu poema "Orgulho Humano", Marx admite que o seu objectivo não é melhorar o mundo com reforma, ou revolucioná-lo, mas simplesmente para arruiná-lo e apreciá-lo sendo arruinado!

 O CULTO DE MARX - OU O ATEÍSMO SATÂNICO?


  O que a maioria das pessoas não sabe é que Marx, além, de ter sido um dos maiores criminosos da História da Humanidade "era totalmente racista"como de igual forma é o prosélito do marxismo-capitalismo, Mário Soares, demonstrado ao longo dos anos pelo seu regozijo nas afirmações de «Descolonização foi óptima» a síntese do racismo na mais profunda, desumana e cruel forma de despezo da vida humana, pela trágica, fratricida e longa guerra em Angola, da qual, "criminosamente contribuiu para o seu prolongamento" (ver artigo"Angola-Ligações Perigosas-" e, "na Rota do Narcotráfico e do Tráfico das Riquezas de Angola"). Galgando sobre os cadáveres de milhões de seres humanos na «Descolonização foi óptima» para seu gáudio e enriquecimento, usurpando, e esmagando tudo e todos, instigando para, tal, ao "Genocídio" generalizado sobre todos os "portugueses brancos" nascidos, criados, ou radicados nesse território, então, português.  

                                    Jose Eduardo dos Santos - Mario Soares.
Os criminosos na «Descolonização foi óptima»:
Por que a controvérsia entre o governo angolano criminoso e Mário Soares quando eles são iguais? 
 Mário Soares: «Descolonização foi óptima»:
O ex-Presidente da República Mário Soares defendeu hoje que «foi óptima» a forma como os responsáveis do pós-25 de Abril conduziram o processo que em 1975 culminou na independência das "ex-colónias" portuguesas afirmando: «A descolonização foi óptima, foi feita num tempo recorde que admirou muitos países que fizeram descolonizações, como os franceses», disse Mário Soares, no encerramento das Jornadas de Ciência Política promovidas pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. Mário Soares, que então como ministro dos Negócios Estrangeiros foi um dos principais intervenientes no processo, sustentou que a forma como Portugal entregou as suas colónias «trouxe uma confraternização com os movimentos de libertação» que criou as condições para que fosse possível criar a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Na conferência, intitulada «25 de Abril: Ruptura ou evolução na continuidade?», o ex-Chefe de Estado revisitou na primeira pessoa alguns dos episódios que marcaram a «revolução exclusivamente nacional» que em 1975 pôs termo ao Estado Novo. Perante uma plateia repleta de alunos e docentes do ISCSP, Mário Soares lembrou que o «primeiro objectivo» dos protagonistas da revolução era «acabar com a guerra».

 In Jornal "O Independente" 24 Outubro 1997.

Da «Revolução exclusivamente nacional» à «Descolonização foi óptima»:

Segundo o socialista marxista Mario Soares "A descolonização foi óptima, foi feita num tempo recorde que admirou muitos países que fizeram descolonizações, como os franceses".
No mundo do crime tudo tem a rapidez de relâmpago, no qual, os crimes são sempre praticados por traição de acordo com os objectivos dos malfeitores. Na premeditação dos crimes há que não dar tempo à informação, ao pensamento, a uma reacção ou organização, baralham os dados deturpam a realidade. Foi assim com o golpe a 25 de Abril de 1974 contra a Nação, onde o factor surpresa contou como valor acrescido ao crime, e foram assim os acontecimentos em Angola, Moçambique, Guiné, Timor, até, em Cabo-Verde e São Tomé e Príncipe,  particularmente em Angola onde a surpresa deixou todo o povo perplexo, traumatizado, incapaz de reagir ao mais aviltante crime de traição que pode ser praticado por alguns "elementos" de um povo contra o seu próprio povo, actos exclusivos do comunismo/socialismo, e, é assim, que são levados à prática  os crimes contra a humanidade e, neste caso, foi um crime exegese sui generis e rápido, não havia que perder tempo na entrega da província  portuguesa Angola à Rússia

«movimentos de libertação» disse o mesmo iluminado. Mas, libertação de quem!?
«movimentos de libertação»? Classificar um grupelho de terroristas e seus mandatários com os bolsos cheios de rublos ou de dólares às ordens e mando dos EUA, da Rússia e da China, na maioria terroristas oriundos do Congo, com alguns chineses há mistura, cuja expressão e única sobre o povo angolano era o terror e a rejeição à subjugação do domínio estrangeiro, confundir esses actos com libertação, quando pelas armas e pelas lâminas das catanas impunham o terror e a morte, não só é uma demonstração de pouca cultura, como de total desconhecimento sobre a realidade de Angola e a sua forma de vida, na convivência e vivência de uma população inteira em fraterna harmonia sob a mesma Bandeira, a mesma Lei, e a mesma Pátria.
Que poderão saber os mercenários ao serviço dos interesses de países estrangeiros, sobre o que trata a liberdade? Que poderão saber os mercenários sobre a vontade expressa de milhões de portugueses europeus, africanos e euro-africanos que se viram privados da sua liberdade, da sua vontade e, da sua decisão? Não o sabem, são inaptos, bestuntos, para poderem qualificar a liberdade, a Pátria, ou um povo. Caso contrário, teriam que justificar, porque razão a liberdade foi reprimida pela terrificante e sangrenta guerra fomentada pela ralé feitora do golpe de estado e levada para Angola, portuguesa há mais de cinco séculos, que sem liberdade e pela força das armas deixou de ser português e, que se viu impedido ao uso dos seus direitos cívicos para manifestar através do voto a escolha sobre o seu destino e o destino de Angola. Que privado da sua liberdade lhe foi imposta uma ditadura de terror, de repressão, de morte, de pobreza, de exploração, por sanguinários ditadores, com a conivência de outros criminosos ainda maiores. Só um Canalha com propensão ao crime poderia afirmar "A descolonização foi óptima" quando ocorria uma terrificante guerra civil, conhecida no mundo inteiro, como não existe dúvida alguma que para este bestunto criminoso e família "A descolonização foi óptima" para este individuo no roubo e tráfico dos diamantes e marfim de Angola.
Nenhum mercenário tem conhecimento sobre o que é a liberdade, nem sobre a dignidade, nem sobre a honra, nem sobre o que trata o patriotismo, nem sobre o que é uma Nação, nem sobre os direitos humanos! Os mercenários quando ao serviço e uso de país estrangeiro e, visando os seus únicos interesses tudo que sabem e vêem são os seus lucros imediatos, seja, a que preço for, não conta a forma. A liberdade foi apenas um estribilho imposto de acordo com propaganda alienatória e conveniente durante os seus proveitosos arraiais do 25 de Abril  para delapidarem a Nação.
Este indivíduo falho advogado, prevaricador, devasso e corruptível (artigo Contrabando de Dinheiro Sangue/CIA), que sempre viveu de expediente, que desde sempre desempenhou actividades subterrâneas, subversivas e criminosas contra a integridade de Portugal, verborreia sobre o que lhe é desconhecido, animado por lucros fáceis fez parte activa de um bando de criminosos que arbitrariamente e, inconstitucionalmente, determinaram de forma dramática o destino de um povo e da Nação.
Uma Nação não é propriamente um quiosque numa qualquer rua de cidade em França onde exercia actividade de vendedor de revistas e jornais, nem tão pouco os degraus de qualquer escada ou sala onde decorriam os seus negócios suspeitos, criminosos, mas lucrativos.
Não se lhe reconhece autoridade moral, seriedade, honra, sentimento do dever, e dignidade, para determinar, discutir ou opinar sobre questões de uma Nação, que foi séria, prestigiada e até invejada, com milhões de portugueses de várias raças e credos.
Uma Nação tem províncias que, como tal, constam na sua Constituição, tem estatutos, normas, responsabilidades e, um povo com o direito indiscutível nas decisões a tomar sobre a sua vida e o destino da terra onde nasceram, viviam, e nela construíram as suas vidas. 
Ademais, viu-se bem o que fez assim que lhe foi facultado o acesso ao património da Nação. São o rebotalho das sociedades que só passam nelas através dos crimes, sob promessas (alheias aos interesses Nacionais) a  um qualquer benesse pessoal, como terroristas prosélitos das escolas da CIA, de Moscovo, de Pequim, e de outros inimigos de Portugal.
E estes, da tal revolução dos cravos e seus quejandos – sem dúvida alguma – foram excelentes discípulos do crime.

 «A descolonização foi óptima, foi feita num tempo recorde (...)». 
Não existem dúvidas sobre o tempo recorde dos crimes praticados pelo Bando do 25 de Abril, como não existem dúvidas de que este homem desconhece o que trata um processo honesto e sério sobre uma descolonização. Não se pode confundir o acto de crime realizado sobre Angola com um processo de descolonização. Uma descolonização é realizada em paz, com ordem, respeito, e pode levar tempo, para não dizer anos. De entre um referendo ao acto de passagem do poder, existem eleições, a criação de novas leis, novos estatutos, a formação de novos quadros, estabilizar e fortalecer a economia, salvaguardar o património, acordos de cooperação e, acima de tudo a protecção e salvaguarda das vidas e bens de todos os seus cidadãos.
A passagem de poderes para uma independência oficial é uma cerimónia feita por homens honrados, capazes, com legitimidade da jurisdição constitucional, realizada há luz do dia, (nunca pela calada da noite) escondidos do mundo e do povo, como foi feito com essa chamada "independência". Uma independência é um acto cívico, com a representação das autoridades legitimadas e reconhecidas das partes interessadas, com a presença de autoridades de países estrangeiros representados por embaixadas ou cônsules, (não representada por bandoleiros armados, de ambos os lados, sem legitimidade Constitucional, como foi o caso) e, acima de tudo, com a participação activa de todo o seu povo nascido, criado ou, radicado, independente de raças ou de credos, como parte integrante do território (nunca com o seu povo em fuga de uma guerra fratricida e sangrenta). 

Em Angola não existiam colonialistas, nem colonizados, existia um só povo (português) como território integrante de Portugal, assim consagrado na Constituição da Nação, só através de referendo, esperado por todos, que em paz e em liberdade permitiria a decisão de continuarem ou, não, portugueses, até essa consulta popular por referendo – Angola era província de Portugal – e, não era o mar que a fazia ser menos província portuguesa.
A Nação era como era – há quinhentos anos – e as suas leis não permitiam discriminação entre os seus territórios e, assim, eram para serem cumpridas e respeitadas de igual  forma no Minho, em Angola ou, em Timor. Perante esta indubitável realidade, só alguém falho de qualquer valor moral, sem escrúpulos, poderia ou poderá desprezar os Estatutos da Nação, tentando ilibar-se dos crimes praticados, deturpando ardilosamente os factos da realidade histórica de Portugal (próprio de velhaco, de traidor, e de canalha) colocando assim as colónias francesas nos mesmos estatutos das províncias portuguesas, a França e os franceses na mesma posição de Portugal e dos portugueses, dando ênfase há sua ignorância e há sua inaptidão: 
Ser-lhe-ia de grande utilidade conhecer outras realidades e acontecimentos, bem diferentes, praticados por países civilizados a norte da Europa, onde de entre os seus políticos não falta quem condene os responsáveis que infringiram as leis para conduzirem territórios e povos  de Portugal aos dramáticos e criminosos acontecimentos.
E há exemplos e, muitos ainda recentes, salvaguardando os seus direitos como Nação responsável pelas suas colónias e povos, o seu Património, as vidas e os bens dos seus cidadãos nascidos ou radicados nas suas colónias. Actos estes praticados por homens capazes, cultos,  com  moral e com honra, respeitadores das leis, defensores da paz e da vida dos seus compatriotas.

Afirmou ainda: "O «primeiro objectivo» dos protagonistas da revolução era «acabar com a guerra»".
Em Angola não existia nenhuma guerra para acabar! Caso este homem tivesse conhecimento sobre a realidade de Angola diria "actos praticados por alguns terroristas (em território português) a mando de potências estrangeiras e pagos por essas". Ademais, actos esses que estavam vencidos.
A guerra e, única, existente em Angola, foi a guerra promovida voluntariamente pelos «protagonistas da revolução». E não foi o acabar, mas foi o começo da guerra civil mais longa dos tempos modernos, 27 anos, de uma feroz e fratricida guerra, que produziu não apenas uma tragédia em Angola, mas milhões de tragédias:
2 milhões de mortos; 1,7 milhão de refugiados; Milhares de órfãos; 200 pessoas mortas de fome por dia; 80 mil crianças, velhos, homens e mulheres mutilados por milhões de minas semeadas pelo solo afora de Angola; Prisões arbitrárias de milhares de cidadãos, sem culpa formada, que diariamente eram submetidos a terrificantes e desumanas torturas psíquica e física nas cadeias onde centenas desses cidadãos acabariam por serem fuzilados sem julgamento; E a fuga de mais de 600 mil portugueses de Angola deixando para trás todos os seus bens e, a terra, onde muitos, nasceram, vidas inteiras de construção no desenvolvimento e progresso de Angola, muitas dessas vidas de 5ª geração, de trabalho árduo, de sacrifícios, e de investimento que construiriam esse território, sem que fosse realizada a independência ou a descolonização, porque Angola foi invadida, colonizada, e subjugada, por regime de terror, de repressão e de morte da Rússia, Cuba, e MPLA comunista que este continua até aos dias de hoje as persecuções e os massacres ao povo angolano e ao povo de Cabinda.

Em Angola, são milhões de tragédias, cada qual com um nome e uma história de final trágico, mas este Holocausto tem um nome; «os protagonistas da revolução» do 25 de Abril e os seus criminosos sequazes; que após fomentarem a guerra retiraram em debandada com armas e bandeira debaixo do braço, abandonando território e população à morte. Acto vil de traição e de crime.
Angola submersa num imenso charco de sangue é o símbolo da Perfídia e do Crime dos mercenários ao serviço dos interesses de países estrangeiros, e aos seus interesses pessoais. A responsabilidade do crime concertado nos gabinetes em Lisboa contra a Nação e concluído contra o seu povo nas suas províncias ultramarinas, sobretudo, em Angola, cabe a todos que directa ou indirectamente, sem distinção, estiveram envolvidos, em consciência, na prática dos crimes e co-autoria dos mesmos. Mas, muito mais, àqueles que de tudo fizeram para que os crimes fossem realizados, de entre esses, encontra-se este subversor, incompetente e deslumbrado apátrida da «Descolonização foi óptima».

 Da «revolução exclusivamente nacional», para... «Descolonização foi óptima» concluída com... «trouxe uma confraternização com os movimentos de libertação»


 DO LIVRO "VER IS DE MAAN" – MEMOIRES VAN LUANDA – ANGOLA".
"LONGE É A LUA", MEMÓRIAS DE LUANDA – ANGOLA". 
O MPLA NOS MASSACRES DO POVO ANGOLANO;
De Julho de 1974  a 11 de Novembro de 1975, massacres ocorridos aquando da presença das chamadas "autoridades portuguesas" de Abril e com a conivência e, participação, das mesmas.


CRIMES SEM PUNIÇÃO... 
 O ASSASSINATO DE UM LÍDER ANGOLANO!
"Os Russos estiveram envolvidos na morte de Savimbi"
Savimbi a partir de 1975 /2002 lutava contra os comunistas. Eles enganaram-no numa eleição que ele ganhou nos últimos anos. Foi assassinado em Fevereiro de 2002, de acordo com uma fonte confiável Jonas Savimbi foi morto por um sniper (atirador) comunista, quando Savimbi foi vítima de uma cilada do MPLA que encurralaram algumas das suas tropas, também, foram assassinados 5 dos seus quadros superiores pouco antes de uma conferência.
                                                "Os comunistas, verdadeiramente, são escória".


                                                              SAVIMBI/UNITA, 
                                 A VITÓRIA QUE OS COMUNISTAS NÃO ACEITARAM. 

Segundo as sondagens realizadas em Luanda entre Agosto de 1974 e Janeiro de 1975, em eleições livres aguardadas pelo povo de Angola, Jonas Malheiro Savimbi seria o grande vencedor. A população não se identificava com o MPLA comunista, e sobre a UPA/FNLA estava presente na memória de todos o terrorismo ocorrido durante a noite de 15 para 16 de Março em 1961 e os massacres das populações, de todas as etnias, nas povoações e fazendas no norte de Angola. Os comunistas e socialistas portugueses enfeudados à Rússia temiam essa vitória que frustraria os seus planos, e seguiram-se viagens  constantes a Moscovo e Havana, para armar o MPLA e silenciar o povo pela força das armas com ajuda e colaboração activa dos russos e estes por sua vez através do exército de Cuba. Traíndo os princípios de um povo inteiro. E assim o MPLA partia com certas vantagens. Devido à sua política em relação à África a Rússia não hesitaria em fornecer armamento, instrutores e mercenários, para que o movimento de Neto pudesse rapidamente guindar-se a uma posição de supremacia sobre a UNITA. E foi o que realmente aconteceu. Os primeiros aviões, vindos do Uganda, aterraram no Luso em Março de 1975, e desembarcaram armamento destinado ao MPLA "perante a passividade e cumplicidade do exército português da Revolução Comunista do 25 de Abril" a quem cabia, na altura, a responsabilidade da manutenção da ordem. Toda a costa angolana, mas sobretudo a compreendida entre a Barra do Cuanza e o Dande, servia para o desembarque desse material, isso com o conhecimento e até com a cooperação das forças militares portuguesas de Abril. A UNITA sabia, à priori, que seria a vencedora de qualquer tipo de eleições. Apesar disso, também tentou rearmar-se, também procurou meios para reforçar o seu potencial militar. Mas, por nunca se ter enfeudado a qualquer potência, não encontrou aliados e teve dificuldades.
 *P.190
Para contrabalançar a ajuda militar da Rússia ao MPLA, dirigiu-se sucessivamente aos americanos, franceses, ingleses, romenos, jugoslavos e a alguns países africanos. Porém, os seus apelos não tiveram eco. É verdade que, em dado momento, alguns países africanos amigos se propuseram armar quinze mil homens da UNITA, para que esta, assim fortalecida, pudesse servir de equilíbrio entre rivalidades antigas e ameaçadoras do MPLA e da FNLA. Foi nessa altura, que o então major Melo Antunes, numa viagem feita a Dar-es-Salam e a Lusaka, surgiu a convencer a Tanzânia e a Zâmbia de que ele, Melo Antunes, iria proceder à entrega de quinze mil armas à UNITA "pura mentira". 
Aqueles países africanos concordaram com essa proposta maquiavélica que, no fundo, apenas visava atrasar o esforço da UNITA de armar melhor as suas forças. Naturalmente que a UNITA nunca recebeu as quinze mil armas prometidas por Melo Antunes. Recebeu, sim, umas pobres mil e quinhentas G3 no Huambo — entrega que suscitou imediatamente problemas com oficiais portugueses de Abril, que cumpriam em Angola instruções do Partido comunista de Álvaro Cunhal. Com o equipamento moderno de que MPLA se estava a dotar e com a chegada de instrutores e técnicos russos e  cubanos para as suas forças já em 1974, não era difícil profetizar que dias amargos e sangrentos aguardavam a dita independência de Angola! Em Janeiro de 1975, aquando da formação do Governo de Transição, já havia cubanos e russos em Luanda. Nessa mesma altura, Massangano já era uma base de treino do MPLA, com instrutores cubanos. Foi ainda nesse mês, também, que um avião comercial português, com passageiros, que levantou voo do aeroporto Craveiro Lopes, de Luanda, foi alvejado nos morros de Massangano. Por emergência ou precaução o avião teve que regressar à pista do aeroporto, o que levou a Força Aérea Portuguesa a encarar a hipótese de uma acção punitiva contra aquela base.  A partir deste atentado terrorista, os aviões no aeroporto de Luanda passaram a levantar voo com todas as luzes apagadas e as janelas fechadas, continuando assim até estarem fora do espaço aéreo de Angola. 
Embora desconhecendo-se o seu número exacto, é indesmentível que os cubanos começaram a chegar a Angola a partir de Agosto de 1974. Em Dezembro de 1974, durante a noite, armamento russo estava a ser desembarcado no porto de Luanda. 
*P.200
Mesmo que em Massangano, em Luanda ou numa outra base, os seus efectivos não iam além de uma centena, é lógico que Cuba, cumprindo ordens da Rússia a partir de Janeiro de 1975 reforçou esses efectivos, e o número de cubanos a partir do mês de Março era já notório em Luanda. Qualquer argumento que tente justificar a presença de soldados cubanos em Angola como forma de contrapor à intervenção sul-africana, é, pois, redondamente falso, pois não resiste à análise dos acontecimentos. Só o armamento maciço recebido da Rússia e o treino acelerado ministrado pelos cubanos às suas tropas permitiram ao MPLA recuperar o atraso de que sofria e combater com algum êxito a UNITA e a FNLA. Não seria certamente um MPLA que anterior a 1975 estava acabado, profundamente dividido, com os seus elementos desgarrados, e sem aderentes que poderia de um dia para outro defrontar os outros dois movimentos e conseguir tomar Luanda. Em confronto com o poderoso equipamento militar concedido pela Rússia ao MPLA, a UNITA apenas recebeu, dos vários países com quem contactou, quatrocentas armas. Por uma questão de rigor histórico, esclareço que esses países foram a Zâmbia, a Tanzânia, a Roménia e o Congo-Brazzaville. Cada um deles ofereceu-nos uma centena de armas. Mais nenhum outro país, se a UNITA tivesse disponível o armamento que possui hoje na guerra contra russos e cubanos, nunca por certo teria perdido as áreas que controlava. E talvez tivesse conseguido encontrar, na altura, uma solução política.
*P.201

          "Páginas traduzidas para português da segunda edição em língua Holandesa do Livro;
             "VER IS DE MAAN" - Memoires van Luanda-Angola, van Rogéria Gillemans",Op. cit., P.190 a 201. "LONGE É A LUA"- Memórias de Luanda-Angola, de Rogéria Gillemans", (Reservado o direito de autor, previsto e protegido pela Lei, como tal, a sua cópia total ou parcial não autorizada é um acto ilícito, passível de acção, previsto na Lei!)


                                                       CRIMES SEM PUNIÇÃO...
O MPLA NOS MASSACRES DO POVO ANGOLANO: 
Massacres ocorridos aquando a presença das chamadas "autoridades portuguesas"
e com a conivência das mesmas: 
Dia 4 de Julho de 1975: O massacre no Pica-Pau, perto de 30 crianças e jovens, na maioria órfãos, foram assassinados e os seus corpos mutilados no Pica-Pau, Comité de Paz da UNITA, em Luanda.
Dia 12 de Julho de 1975: O massacre da Ponte do rio Kwanza, foram barbaramente assassinados 700 militantes da UNITA perto do Dondo (Província do Kwanza Norte), perante a passividade das forças militares portuguesas que garantiam a sua protecção. 
O Massacre de Luanda: Perpetrado pelas forças militares e de defesa civil do MPLA, visando o aniquilamento da UNITA e os cidadãos Ovimbundu e Bakongo. Massacre esse que foi o ponto de partida para outros no assassinato de 50 mil angolanos, entre os quais o vice-presidente da UNITA Jeremias Kalandula Chitunda, o secretário-geral Adolosi Paulo Mango Alicerces, o representante na CCPM, Elias Salupeto Pena, e Eliseu Sapitango Chimbili chefe dos Serviços Administrativos em Luanda.
Na manhã de 29 de Julho de 1975 uma médica é presa, Fernanda Sá Pereira, três homens negros bateram à porta de sua casa, agarram-na e levaram-na de camisa de noite e robe. Dias antes do seu desaparecimento a médica havia denunciado um outro episódio contra o MPLA, relacionado com outros roubos de órgãos desta vez do laboratório anatómico da maternidade onde trabalhava. Os filhos nunca mais viram a mãe "nem viva, nem morta" apesar do marido realizar todos os esforços para a encontrar, chegando mesmo a correr perigo de vida na procura dessas respostas. 
A única informação que obteve foi ela ter sido levada para a Praça de Touros em Luanda e morta dois ou três dias depois de raptada. Mas o corpo de Fernanda Sá Pereira nunca apareceu.
*P.204

DO LIVRO "VER IS DE MAAN - MEMOIRES VAN LUANDA, ANGOLA".
 "LONGE É A LUA", MEMÓRIAS DE LUANDA – ANGOLA".


                                     O CASO 27 DE MAIO:
:


  Nito Alves, pertencia ao sector racista do MPLA, era pró marxismo, pró União Soviética, e um feroz racista. 
Nunca foi um aluno brilhante, pela dificuldade de aprendizagem concluiu a instrução primária com 15 anos de idade em 1960. Por insistência de uma antiga professora retoma os estudos, já em idade adulta, num curso nocturno no Liceu Salvador Correia de Sá, onde não chegou a concluir o segundo ano de Liceu. Em 1966 começou a trabalhar na Direcção Geral da Fazenda e Contabilidade, em Luanda, ao mesmo tempo que se dedicava a actividades de terrorismo, pelas quais se tornou alvo do controlo da Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), no mesmo ano abandona o trabalho para se juntar aos terroristas nas matas dos Dembos. Em Maio de 1974 regressa a Luanda. Com as tropas cubanas estacionadas em Angola, a partir de 1976 Nito Alves opondo-se à política externa de Agostinho Neto de não-alinhamento apoiou o fraccionismo pró União Soviética, do qual José Van Dúnem foi um dos principais mentores, sobre o terrorista José Van Dúnem e seus actos de crime em:  "A DESCOLONIZAÇÃO EXEMPLAR"( I )*P. 98.
                                  
Na manhã de 27 de Maio de 1977, Nito Alves apoiado pelos soviéticos intentaram levar a cabo um golpe de Estado contra Agostinho Neto. Nito Alves dispunha de uma unidade das tropas do MPLA que tinha ao seu comando, de um grupo de militantes racistas, e terroristas a quem as portas das cadeias foram abertas, entre outros: José Van Dúnem, a goesa Sita Valles, João Jacob Caetano e Bakolov.
O golpe fracassou e Nito Alves passou a ser o homem mais procurado de Angola, pediu asilo político à URSS e refugiou-se na Embaixada soviética. 
Os soviéticos ficaram surpreendidos com o insucesso da operação, dado o fracasso da acção, os soviéticos telefonaram aos cubanos a informarem de que Nito Alves se encontrava na sua Embaixada, os cubanos foram-no buscar e os soviéticos entregaram-no. 
Segundo uma informação fornecida por um dos executores, Nito Alves foi levado à presença de Agostinho Neto que afirmou "não se perde tempo com julgamentos" e foi levado para a Fortaleza onde foi torturado durante horas para revelar nomes dos envolvidos nesse golpe.
Nito Alves foi executado com três dezenas de balas e um tiro final na cabeça, o seu corpo foi atirado com pesos ao mar. João Jacob Caetano “o monstro imortal” antes de o matarem cegaram-no, foi morto com um garrote que iam apertando à medida que o interrogavam, o seu corpo foi lançado de um avião para a floresta. 
José Van Dunem foi fuzilado. Sita Valles foi torturada, violada, e assassinada, os executores divertiam-se em alvejarem-na com tiros nas pernas e nos braços e passadas horas decidiram dar-lhe um tiro na cabeça.
 *P.205


E uma onda de terror, de crimes e de assassinatos varreu o território angolano das cidades às matas. Os jovens que deambulavam nas ruas de Luanda eram todos presos e levados para o Forte de S. Pedro, ou para a praça de touros e fuzilados. 

A polícia da DISA (polícia de repressão e terror ao estilo do KGB) e as tropas do MPLA entravam nas casas e perguntavam "onde estão os estudantes e os intelectuais?". Os familiares e amigos dos suspeitos, também, eram levados e torturados para de seguida serem assassinados. 
Uma vez que as cadeias, a Praça de Touros, o Forte de S. Pedro e a Fortaleza de S. Miguel estavam cheios, criaram campos de concentração, que em pouco tempo, também, estavam cheios. Como alternativa levavam os prisioneiros em camiões para junto do muro do cemitério na Mulemba e fuzilavam-nos para serem enterrados nas valas comuns, muitos deles, ainda com vida. 
No Forte de S. Pedro lançavam os prisioneiros pelas escadas abaixo para as catacumbas do Forte, à medida que os iam espancando, antes de os matarem. Outros eram espancados selvaticamente no pátio, durante horas, gritavam pedindo clemência, desfalecidos eram atirados e amontoados em viaturas que os levavam para as valas comuns.
Milhares de prisioneiros foram torturados e mortos por esmagamento do crâneo, outros cortados aos pedaços ainda em vida. 
Um mercenário norte-americano presente comentava: "Vi muita coisa na minha vida, mas nunca nada parecido com isto".
Os estudantes que se encontravam a estudar na União Soviética, na Checoslováquia, na Bulgária e noutros países do leste foram obrigados a regressar. Os transportes do MPLA que os esperavam no aeroporto levavam-nos directamente para a praça de touros para serem fuzilados e decapitados. 
Por todo o território de Norte até ao Sul foram criados campos de concentração ou de reabilitação como os denominaram, e todos eles estavam cheios de prisioneiros.
Das faculdades de Angola desapareceram cursos inteiros. No Lubango (Sá da Bandeira) dirigentes e quadros da juventude foram atados de pés e mãos e atirados do alto da Tundavala (de mil metros de altura). 
Em Malange foram fuziladas mais de mil pessoas, no Moxico, Huambo, Lobito, Benguela, Uíge e Ndatalando sucedeu o mesmo. No Bié mataram cerca de trezentas pessoas, e em Luanda os fuzilamentos continuaram durante meses e meses. 
As cadeias enchiam-se para serem esvaziadas em seguida. Os presos eram internados sem qualquer processo, em campos de concentração, onde muitos morreram sem sequer conhecerem ou saberem quem era Nito Alves. A maioria das vítimas tinha idades inferiores a dezoito anos, os corpos eram atirados ao mar, lançados de avião para as florestas, ou enterrados em valas comuns onde muitos deles estavam ainda vivos.
                  Um ano depois, o MPLA continuava a matar em todo o território de Angola.
Este "ajuste de contas" entre criminosos e praticado por criminosos serviu, oportunamente, como pretexto para assassinarem milhares de angolanos inocentes, e, também para assassinarem os militares que cumpriram serviço militar no exército português, capturados e levados para os campos chamados de “reabilitação” onde eram espancados e torturados diariamente, privados de toda e qualquer alimentação e de água, onde passados alguns dias, não mais, de duas semanas, seriam decapitados ou fuzilados.
*P. 206







Rui Coelho, nasceu em Angola, na Catumbela,
 era director do Gabinete de Nito Alves.



Carta do filho de Rui Coelho:
-"Chamo-me Rui Tukayana. Tenho 30 anos e nasci em Angola, quando esta já era uma nação livre e independente. Do meu pai herdei o meu primeiro nome próprio: Rui. Ele chamava-se Rui Coelho. Fruto do que aconteceu, faz hoje 31 anos, a minha mãe escolheu o meu segundo nome próprio: Tukayana. Esta é uma palavra em Kimbundo, um dialecto angolano, que quer dizer “venceremos”. Chamo-me, portanto, Rui Venceremos.
A 27 de Maio de 77, ainda eu não tinha nascido, Luanda acorda ao som de tiros. A população estava nas ruas e havia uma marcha em direcção ao palácio presidencial. Hoje em dia a opinião geral é que se tratava de uma tentativa de golpe de estado liderada por dois homens: Nito Alves e José Van Dunen. 
O meu pai era muito próximo de Nito Alves. Enquanto ele (o Nito Alves) foi Ministro da Administração Interna, o meu pai foi o seu chefe de gabinete. A tentativa de golpe, se é que a houve, correu mal e a rebelião foi esmagada. Agostinho Neto, o presidente angolano na altura, disse qualquer coisa como "não perderemos tempo com julgamentos". E assim foi. Logo na noite de 27 de Maio a DISA, a polícia politica, começou as buscas às casas. 
O meu pai não estava em Angola nesse dia. Estava noutro país ao serviço do Governo. Chegou apenas um dia depois (a 28) e não dormiu em casa. Não era seguro. No dia seguinte, 29 de Maio, ele e a minha mãe (grávida de 7 meses) foram presos. 
À entrada da prisão foram separados. Nunca mais se viram. A minha mãe, talvez por estar grávida, foi solta pouco depois. O meu pai não teve a mesma sorte. Foi espancado, torturado e, perante um tribunal, obrigado a confessar crimes. Não perderemos tempo com julgamentos. Esta espécie de tribunal, ficou conhecida como a Comissão das Lágrimas. Um dos interrogadores era o Pepetela, um “escritor” angolano. 
Após o julgamento a TV angolana ainda mostrou o meu pai (Rui Coelho) como um troféu da DISA e do MPLA. Depois fuzilaram-no. No meio de tudo isto, eu ainda tive alguma sorte. Primeiro, porque sobrevivi. Segundo, porque a minha mãe sobreviveu. Terceiro, porque depois de dias à porta de um ministro, a minha mãe conseguiu obter uma certidão de óbito. Ainda hoje não sabemos onde estão os seus restos, se numa vala comum, se no meio da selva, mas mesmo assim lá se fez uma espécie de luto. 
Depois do dia 27 de Maio de 1977, seguiram-se dois anos de terror, repressão, prisões e execuções. Acredita-se que outras 30 mil pessoas desapareceram. 30 mil mortos. 30 mil pessoas que, talvez por não terem sido mostradas como troféus na TV, as respectivas famílias ainda não receberam uma certidão de óbito, ou não se sabe onde estão os restos mortais. 
Lembro que Pinochet “apenas” é responsável pelo desaparecimento de 3 mil e é um monstro aos olhos de todo o mundo civilizado. É evidente que nem todos os que foram presos, foram mortos. Os sobreviventes, nós, criamos uma associação. A ideia é que ninguém esqueça o que se passou e que um dia se faça justiça e as vítimas sejam homenageadas de alguma forma. 
Recuperar e identificar os restos mortais parece-me mais difícil, mas quem sabe? É este o dia, 27 de Maio, que escolhi para fazer o luto ao meu pai. Não sei quando morreu. Sei apenas que tinha 25 anos quando foi morto, menos cinco do que a minha idade actual. Dizem-me que soube que teve um filho (nasci em Agosto). Um rapaz. Quero acreditar que sim. Rui, Tukayana." -


Os responsáveis mais directos deste genocídio são:  Henrique Teles Carreira (Iko Carreira); Henrique Santos (Onambwe); Ambósio Lukoki; Costa Andrade (Ndunduma); Paulo Teixeira Jorge; Manuel Rui, Diógenes Boavida; Artur Carlos Pestana (Pepetela); José Mateus da Graça (Luandino Vieira); Mendes de Carvalho; Henrique Abrantes; Eugénio Ferreira; Rui Mingas; Beto Van Dunem; Cardoso de Matos; Paulo Pena, e outros não identificados.

Não se sabe com exactidão o número de mortos do 27 de Maio de 1977. A Amnistia Internacional fez um levantamento e chegou a um total de 40.000,  a “Fundação de Lágrimas de 27 de Maio” avançou o número de 80.000., mas na continuação da investigação sobre desaparecidos outras fontes apontam para um número de mortos superior a 100.000,. E foi desta forma que Agostinho Neto e o MPLA mostraram a sua solidariedade a Fidel Castro e a Cuba. 


 Mas a lista é interminável: 
De 1978 a 1986, centenas de angolanos foram fuzilados publicamente nas praças e estádios das cidades de Angola, uma prática iniciada no dia 3 de Dezembro de 1978 na Praça da Revolução no Lobito, com o fuzilamento de 5 patriotas e que teve o seu auge a 25 de Agosto de 1980, com o fuzilamento de 15 angolanos no Campo da Revolução em Luanda. 
No dia 29 de Setembro de 1991 foi assassinado, em Malange, o secretário Provincial da UNITA Lourenço Pedro Makanga, a que se seguiram muitos outros massacres na mesma cidade. 
Entre Janeiro de 1993 a Novembro de 1994 a aviação bombardeou indiscriminadamente a cidade do Huambo, a Missão Evangélica do Kaluquembe e a Missão Católica do Kuvango, morreram mais de 3.000 civis. 
Em Junho de 1994, a aviação MPLA bombardeou e destruiu a Escola de Waku Kungo (Província do Kwanza Sul), morreram mais de 150 crianças e professores. 
Entre Abril de 1997 e Outubro de 1998, na extensão da Administração ao abrigo do protocolo de Lusaka, foram assassinados mais de 1.200 responsáveis e dirigentes dos órgãos de Base da UNITA em todo o país. 
*P.208

 Páginas traduzidas para português da segunda edição em língua Holandesa do Livro
"VER IS DE MAAN" - Memoires van Luanda-Angola, van Rogéria Gillemans", Op. cit., P.204 a 208."LONGE É A LUA-Memórias de Luanda –Angola, de Rogéria Gillemans", 
(Reservado o direito de autor, previsto e protegido pela Lei, como tal, a sua cópia total ou parcial não autorizada é um acto ilícito, passível de acção, previsto na Lei!) 

NOTA— Dois facínoras, acima referidos, deste genocídio contra a humanidade: José Mateus da Graça (Luandino Vieira), e Artur Carlos Pestana (Pepetela) receberam o Prémio Camões oferecido pelos pequenos homens e seus cúmplices que têm "governado" Portugal, que premeiam assassinos ( com o prémio que leva o nome de um dos mais ilustres portugueses que honram a História Lusíada) na continuidade do Ultraje e Desonra a Portugal e aos portugueses de Lei. Vergonhoso.


"OS ESTADOS AQUI REFERIDOS FORAM INEQUIVOCAMENTE
 CUMPRIDOS EM ANGOLA":

Os comunistas e os socialistas portugueses e seus execráveis séquitos do 25 de Abril, em Angola criaram deliberadamente uma sociedade sem lei para a realização de um genocídio; fomentando a desordem, o ódio, o racismo e o tribalismo do qual foram participantes activos em conjunto com o MPLA. Foi por isso uma campanha genocida, de criminalidade extremamente alta. À qual se juntou o marxista Mário Soares que para tal enfatizava "se necessário atirar sobre os portugueses brancos", definem claramente o crime de incitamento à prática de "Genocídio" e o acto crime declarado de não protecção à população civil, sobretudo dos portugueses brancos.

 "A Responsabilidade de Proteger" enfatiza que os recursos devem ser dedicados ao aviso prévio de genocídio." O Acordo de Londres preceitua em seu art. 6º os crimes de competência do Tribunal os quais estão arrolados a seguir: 

1. Crimes contra a paz – planejar, preparar, incitar ou contribuir para a guerra de agressão, ou para a guerra em violação aos tratados internacionais, ou participar de um plano comum ou conspiração para a consecução de quaisquer actos de guerra; 

2. Crimes de guerra – violação ao direito e aos costumes de guerra, tais como assassinato, tratamento cruel, deportação de populações civis que estejam ou não em territórios ocupados, maus tratos ou assassinato cruel de prisioneiros de guerra, assassinato de reféns, pilhagem de propriedades públicas ou privadas, destruição arbitrária de cidades, vilas ou lugarejos, ou devastação injustificada por ordem militar; 

3. Crimes contra a humanidade – assassinato, extermínio, escravidão, deportação ou outro acto desumano contra qualquer membro da população civil, antes ou durante a guerra, ou perseguições baseadas em critérios raciais, políticos e religiosos, na execução ou em conexão com qualquer crime de competência do Tribunal, independentemente se, em violação ou não do direito doméstico do país em que foi perpetrado. 

A Convenção sobre a Prevenção e Punição do Crime contra a humanidade e de Genocídio, aprovada pela Resolução 260 (III) A da Assembleia Geral das Nações Unidas em 9 de Dezembro de 1948. 
A Convenção sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio, de forma inequívoca os estados: 

Artigo 3 º Os actos seguintes serão punidos: (A) O genocídio; (B) A conspiração para cometer genocídio; (C) A incitação direta e pública a cometer genocídio; (D) A tentativa de genocídio; (E) A cumplicidade no genocídio. 

Artigo 4 º Pessoas que tenham cometido genocídio ou qualquer dos outros actos enumerados no artigo 3 º serão punidas, quer sejam governantes, funcionários públicos ou particulares. 
•Crimes de guerra e agressão, tal como outros crimes contra a humanidade. Estes dois tipos de crimes estão directamente relacionados, já que são cometidos em nome dos mesmos grupos de investimento e dos seus aliados políticos. Os acusados são imputados dos crimes mais sérios cometidos contra o ser humano e estão, por isso, sujeitos aos procedimentos legais internacionais. 


CRIMES CONTRA A HUMANIDADE:
O Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional os acusados são imputados do crime de genocídio pelo qual devem ser judicialmente processados, de acordo com o Artigo 6 dos Estatutos do ICC. Além de outros, o Artigo 6 inclui os seguintes crimes: 
1. Genocídio por morte (Artigo 6a) 
2. Genocídio por causar dano físico e moral (Artigo 6b) 
3. Genocídio por imposição deliberada de condições de vida, podendo levar à destruição física (Artigo 6c). 
De acordo com o Artigo 7 dos Estatutos do ICC. Crimes contra a humanidade constituem qualquer um dos seguintes actos cometidos como parte de um ataque difundido ou sistemático feito directamente a qualquer população civil, com conhecimento do ataque. 

O Artigo 7 inclui os seguintes crimes, além de outros: 
1. Crime de assassinato contra a humanidade (Artigo 7a) 
2. Crime de exterminação contra a humanidade (Artigo 7b) 
3. Crime de escravização contra a humanidade (Artigo 7c) 
4. Crime de deportação ou extradição da população (Artigo 7d)
5. Crime contra a humanidade de privação de liberdade física (Artigo 7e) 
6. Crimes ou actos desumanos contra a humanidade, ou de natureza semelhante, causando intencionalmente grande sofrimento corporal, mental ou físico(Artigo 7k). 


 CRIMES DE GUERRA:
De acordo com os termos do Artigo 8º do Decreto de Roma, crimes de guerra representam uma grave violação da Convenção de Genebra de 12 de Agosto de 1949 (Convenção de Genebra sobre o Tratamento dos Prisioneiros de Guerra, Convenção de Genebra para a Protecção de Civis em tempo de Guerra). Crimes de Guerra abrangidos pelos termos do Estatuto, entre outros,
incluem
6. Crime de Guerra de destruição e apropriação de propriedade (Artigo 8(2)(a). 
16. Crime de Guerra por mutilação (Artigo 8(2)(b). 
17. Crime de Guerra por destruição ou ocupação de propriedades privadas (Artigo 8(2)(b). 18. Crime de Guerra por privação hostil dos plenos direitos de cidadãos nacionais (Artigo 8(2)(b). 
21. Crime de Guerra por uso da violência sobre a dignidade pessoal (Artigo 8(2)(b.


NOTA— Na consequência destes crimes da chamada "revolução dos cravos", nos meses e nos anos que se seguiram ao desembarque em Lisboa, de entre os portugueses de Angola ocorreram vários casos de suicídio, mortes prematuras por infarto do miocárdio, e outras, resultantes de trauma e stress pela perda de toda uma vida de trabalho, dos afectos e identidade, pelo desarreigamento pela violência daquela que era a sua terra, do seu meio ambiente, das suas casas e das suas relações afectivas humanas. Traumas que ao longo dos anos junto a outros factores de igual nocividade à saúde humana, e ligados à mesma causa, têm sido uma das causas principais de morte.
À causa do terror provocado pelo constante estrondo dos rebentamentos de granadas e do metralhar das armas de guerra, da insegurança, e do medo, os traumas reflectiram-se de forma particular nas crianças, nos adolescentes que, hoje adultos (na maioria dos casos) os efeitos traumáticos estão presentes. 

Os Artigos (acima citados) dos Estatutos do ICC, e os termos do Artigo 8º do Decreto de Roma da Convenção de Genebra para a Protecção de Civis, são muito claros.



AO ABRIGO DOS ESTATUTOS  DO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL DO CRIME(ICC-INTERNATIONAL CRIMINAL COURT):
ESTES "HOMENS" DEVEM SER JULGADOS, TODOS, DE AMBOS OS LADOS, E DESDE 1974, POR CRIMES CONTRA  A  HUMANIDADE.