OS MENINOS DE ANGOLA NA PAZ E NO PROGRESSO
O lanche nas escolas.
Refeicão, almoços nas escolas.
Alunos da escola primária junto ao Baleizão
(restaurante, café e gelataria), na baixa de Luanda.
Escoteiros,
um grupo de jovens fazem juramento sobre a Bandeira Portuguesa.
ANGOLA ANTIGA
Enfrentando todo o género de vicissitudes, mas sempre com sorriso reconfortante, na extraordinária confiança no futuro.
Angola-Luanda de 1958 a 1974.
QUEM NOS EXPLICA PORQUE ESTAMOS CÁ?
Que infantilidade foi essa de abandonar um povo inteiro, sem ao menos ter em conta os seus direitos indiscutíveis! A Democracia prometida e a consulta popular que ela consubstancia haveriam de convergir para uma solução de independência, de paz, de progresso e de bem estar social para todo o povo. Muitos de nós, nascidos ou criados em Angola, brancos, negros e mestiços (ingénuos) pensávamos que nenhuma decisão seria tomada sem ouvir o povo, esse povo que se viu sem Pátria e a sua honra perdeu-se no lodaçal do sangue e do medo dos que ficaram, e dos que fugiram em pânico e em raiva daquela Angola tão nossa, fecundada com o suor do esforço do trabalho dos nossos antepassados, dos nossos país e dos seus filhos (durante cinco séculos), calcinados no enorme braseiro ateado pela traição, das ambições desmedidas e do crime, e há-de repercutir-se na fome e na miséria que se vislumbra no futuro comum.
O povo de Portugal abandonado e a bandeira portuguesa arriada, pela soldadesca criminosa de Abril, dos altos onde flutuava ao sol de Angola, vai desbotar com certeza, e um clarão de vergonha, uma espécie de fogo-fátuo iluminará num relâmpago a História de Portugal, e mergulhá-los-á nas trevas da ignomínia e da ira.