A CHAMADA "DESCOLONIZAÇÃO" ASSENTOU EM LEI ANÓNIMA AQUANDO DA EXISTÊNCIA DE GOVERNOS PROVISÓRIOS SEM LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL.

O PROCESSO DA TRAIÇÃO: Este poderia muito adequadamente ser a designação de causa posta em tribunais sobre a (descolonização exemplar). Talvez mais expressiva do que a da cadeia, será - O JUÍZO DA HISTÓRIA -.

TERRORISMO, OS MASSACRES DE 15 MARÇO 1961.

"TERRORISMO NOS GENOCÍDIOS CONTRA A HUMANIDADE"
O COMBATE AO TERRORISMO E O ANIQUILAMENTO TOTAL DOS TERRORISTAS E SUA BARBÁRIE,  É UMA OBRIGAÇÃO MORAL QUE CABE A TODO O HOMEM  DE BEM,
E AO MUNDO CIVILIZADO!

ANGOLA, 1961: 
O ano começou com os tradicionais votos de ano novo trocados entre a família, vizinhos e amigos, dentro da paz e da convivência fraterna e do trabalho entre etnias ao longo dos séculos.
Mas, seria um ano trágico para Angola.

             No dia 11 de Janeiro, na Baixa do Cassange, os nativos instigados por criminosos do Congo pertencentes ao Abako, fazem uma greve nas plantações algodoeiras da empresa Luso-Belga Cotonang, no distrito de Malange e, desencadeiam uma insurreição denominada por “Maria” nome de um dos seus instigadores, António Mariano, da UPA, apoiado e instigado pelo Abako de Kasavubu, Lumumba e Holden Roberto, os trabalhadores camponeses queimaram sementes, destruíram pontes fluviais, alfaias agrícolas, incendiaram e destruíram campos agrícolas, missões católicas, lojas e casas de brancos. Ao mesmo tempo que destruíam louvavam e davam vivas a Lumumba e ao Abako.
As forças armadas portuguesas vencem a revolta devido à acção das Companhias Especiais de Caçadores e à intervenção da Força Aérea.     
Presos os responsáveis pela instigação ao crime e à desordem, este acto foi considerado um caso isolado, sem graves consequências para o povo de Angola.

Os trabalhadores nativos nos campos da Cotonang.

Destruição por fogo posto  das tendas que serviam como restaurante
aos trabalhadores.
As casas saqueadas e destruídas por fogo posto pelos insurrectos.

                                 Militares da Companhia Especial de Caçadores. 
  
A população da zona procurou protecção junto aos militares.




Na madrugada de 03 para 04 de Fevereiro 1961, o rebentamento de um foguete num muceque nas proximidades da cadeia de S. Paulo, dava o sinal para que mais de duzentos e cinquenta terroristas divididos em três grupos, armados com catanas em punho, deixassem os bairros e avançassem para a Casa da Reclusão Militar; A Companhia Móvel da PSP (7.ª Esquadra); A Cadeia da Administração de São Paulo; A Companhia Indígena; E a Estação dos Correios. “Dois carnavais” era a senha de cumplicidade, entre quem estava a preparar à largos meses os assaltos às cadeias de Luanda. 
      

Manuel Alves das Neves, o cónego Terrorista.



Na primeira linha aparecia o cónego mestiço, Manuel Alves das Neves, natural da vila do Golungo Alto, que integrava a igreja católica, como vigário geral da Diocese de Angola. Manuel Alves das Neves servia de ligação entre os presos, os seus familiares e os chefes do terrorismo no estrangeiro, e com o padre "católico" Joaquim Pinto de Andrade e o irmão Mário Pinto de Andrade, que recebia na sua casa perto da Sé em Luanda. Manuel Alves das Neves era, sobretudo, um instigador a partir do seu pequeno quarto da  Igreja da Nossa Senhora dos Remédios, Sé Catedral de Luanda, nos ataques que há muito tempo vinha a organizar, e que esperava um feito espectacular para esse acto, era também director do jornal Apostolado, onde conseguia fazer passar mensagens subtis para o exterior, ao mesmo tempo que dava notícias sobre os movimentos dos terroristas, feitas através de mensageiros negros na grande maioria provenientes do Congo recrutados por Neves Adão Bendinha, empregado de escritório, que passou a activista da UPA. O cónego não só tinha conhecimento, desde o início,  do nascimento da UPA no Congo Belga como apoiava, dirigia, angariava  terroristas, e participava activamente no terrorismo a partir de Luanda. 


Com os dinheiros das doações feitas à igreja, o cónego comprou na empresa "Mabílio de Albuquerque" as camisolas e o tecido com que foram confeccionados os calções envergados pelos terroristas, e na casa de ferragens "Castro Freire" comprou as catanas. 
Para não levantar suspeitas, o cónego pediu a um fazendeiro amigo para comprar as catanas, alegando querer distribui-las por camponeses nativos. Francisco Pedro Miguel integrante do grupo terrorista do ataque à Estação dos Correios, foi pessoalmente buscar duas caixas com catanas à empresa Castro Freire, levando-as para a Sé Catedral onde Manuel Alves das Neves as escondeu sob o Altar e nos dois campanários igreja, e ajudou afiar as lâminas das catanas e distribuiu-as pelos negros. Dispunha de mais de quatrocentos negros procedentes do Congo Belga e alguns oriundos do norte de Angola, treinados perto do morro da Cal no Cacuaco, e armados com catanas. Sob a liderança e coordenação de Manuel Alves das Neves e dos que se reuniam sucessivamente em casa de uns e de outros nos bairros periféricos de Luanda, muceques, Sambizanga e no Rangel, onde  entre 1959 e 1960 foram distribuídos numerosos panfletos da UPA, coincidindo com os ataques no Congo Belga.
Os congoleses e os emissários vindos de Léopoldville para Luanda recebiam treinos militares em Léopoldville por instrutores militares treinados nos campos soviéticos de Conakry ou de Pequim,  infiltraram-se no muceque Sambizanga por ser uma zona de referência estratégica da capital, sob a orientação de Bento António (pedreiro e cabo africano do exército português), tinham a incumbência de treinarem os terroristas, ministrando-lhes rudimentos de treino militar perto do morro da Cal no Cacuaco.


Do Livro "LONGE É A LUA" - Memórias de Luanda-Angola, de Rogéria Gillemans. Op. cit., P.98 a 102, ISBN 978-989-20-1341-1. Reservado o direito de autor, previsto e protegido pela Lei, como tal, a sua cópia total ou parcial não autorizada é um acto ilícito passível de acção, previsto na Lei!




A mobilização dos terroristas foi feita no Congo Belga, e alguns do grupo étnico Bakongo do Congo Português-norte de Angola, essa mobilização principiou em Novembro de 1960. Alguns destes congoleses tinham sido os instigadores à mobilização e à desordem dos trabalhadores dos campos de algodão da Cotonang, empresa luso-belga, na baixa do Cassange. 
Nos bairros periféricos de Luanda, os principais cabecilhas dos terroristas eram Neves Bendinha, Domingos Manuel, Paiva Domingos da Silva, Raul Deão e Virgílio Francisco (este último chefe do grupo que atacou a Estação dos Correios, Telégrafos e Telefones). Eles mantinham informado o cónego, sobre todos os acontecimentos e movimentos dos terroristas. Em 1960, por decisão do cónego, os negros Luís Alfredo Inglês e Pedro César de Barros partiram para o Congo para pedirem ajuda em armas aos apoiantes congoleses.

Os ataques em Luanda estavam planeados para o dia 13 de Março, de forma a coincidirem com os assassinatos no norte e com o debate sobre Angola nas Nações Unidas. Enquanto decorriam os preparativos terroristas, o navio Santa Maria, um dos paquetes com mais luxo na época, pertencente à Companhia Nacional de Navegação, foi tomado de assalto e desviado da sua rota por Henrique Galvão e corria o boato que ele dirigia o navio para as costas de Angola, Luanda foi subitamente invadida por dezenas de jornalistas estrangeiros.
A presença dos jornalistas estrangeiros em Luanda era a oportunidade esperada, e precipitou os acontecimentos terroristas. Deliberadamente os criminosos passaram à acção, faltava apenas comunicar a decisão a Manuel Alves das Neves e obter a sua aprovação. 
Salvador Sebastião (estafeta da Junta de Povoamento) foi o escolhido para essa missão. Na manhã de sexta-feira do dia 3 deslocou-se à igreja da Nossa Senhora dos Remédios e explicou ao cónego, a mudança de planos, comunicou que os criminosos tinham deliberado passar à acção na madrugada seguinte, o cónego anuiu e abençoou os ataques. 

Na madrugada de 03 para 04 de Fevereiro, sete agentes da autoridade e um cabo do exército, quando cumpriam o seu serviço de rotina foram cobardemente e, traiçoeiramente, assassinados, sem se poderem defender, foram assassinados com requintes de selvajaria, cortados à catanada, foram as primeiras vítimas da horda assassina terrorista a soldo de potências estrangeiras com intenções bem conhecidas.
No ataque à Casa da Reclusão Militar, junto à praia do Bongo, morria degolado pelas catanas assassinas o cabo Silva do exército português, que viria a ser a primeira vítima da longa e terrificante madrugada de 03 para 04 de Fevereiro. E um soldado negro foi ferido com gravidade pelas catanas assassinas, cercado por dezenas de terroristas teve a coragem de entrar num jipe e escapar para se dirigir ao Quartel General para dar o alerta. Os presos que há muito tempo preparavam a sua fuga, pela informação passada e enviada pelo cónego Terrorista, Manuel Alves das Neves, à medida que avançavam pegavam em todos os objectos cortantes que encontravam, ao mesmo tempo que se apoderavam das armas. Na Casa da Reclusão Militar, estavam  presos terroristas ditos "politicos", do chamado “Processo dos 50”, referente a três processos sobre 50 presos por instigação ao terrorismo, iniciados a 29 de Março de 1959 estavam envolvidos neste caso o padre comunista Joaquim Pinto de Andrade, e o irmão Mário Pinto de Andrade. 


No ataque à Companhia Móvel da PSP (7.ª Esquadra) na estrada de Catete, eram assassinados à Catanada 7 agentes da autoridade, que se encontravam de serviço, foram vítimas de uma cilada ocorrendo a um chamamento de socorro de uma desordem fictícia, no terreno circundante, deserto, e pouco iluminado, sem se poderem defender pelo factor surpresa, nem reagir, foram mortos cobarde e traiçoeiramente à catanada, com requintes de selvajaria e crueldade.
Um grupo de terroristas dirigiu-se ao Aeroporto Craveiro Lopes para atacar e incendiar os aviões estacionados na pista e nos hangares, era encabeçado por Bendinha, que tinha como ajudante o carpinteiro Raul Agostinho Cristóvão, este assalto foi frustrado.
             Na Estação dos Correios, no bairro dos Correios, e na Companhia Indígena registaram-se escaramuças entre os criminosos e as forças da ordem. 
 Paiva Domingos comandou o grupo com 20 terroristas no assalto à Companhia Indígena, mas ao ouvirem os primeiros disparos o grupo recuou e fugiu. 
 Agostinho Cristóvão pretendia atacar em simultâneo com dois grupos, um chefiado por ele próprio ou por José Carmona Adão e outro por Paiva Domingos, a Cadeia da Administração civil no bairro de São Paulo, perante a reacção das forças da ordem os assaltantes não conseguiram atingir os seus objectivos e fugiram. Os militares portugueses alertados já tinham saído dos quartéis na perseguição dos assaltantes.
Esses assaltos foram catastróficos para os criminosos. Nenhum dos objectivos foi alcançado. 
Alguns conseguiram fugir para o Congo. Morreram nos assaltos, dezenas de Terroristas, sendo os restantes feridos, presos, e enviados  para o Forte de S. Pedro da Barra.

                   Na manhã de 04 de Fevereiro os portugueses são surpreendidos pela notícia dos selvagens ataques de ferocidade sanguinária, ocorridos durante a madrugada. Ninguém queria acreditar em tal acontecimento, mas os corpos das vítimas a confirmar essa sanha Terrorista,  estavam na Igreja da Nossa Senhora do Carmo.
No dia 05, realizaram-se os funerais das vítimas. A população europeia e africana acorreu em massa, milhares de pessoas formaram um cordão humano para assistirem ao cortejo fúnebre a partir da Igreja Nossa Senhora do Carmo, na baixa de Luanda, até ao cemitério de Santa Ana, na estrada de Catete, para assistirem em luto e em lágrimas na despedida a esses homens que seriam as primeiras vítimas da vil causa estrangeira.



Do Livro "LONGE É A LUA" - Memórias de Luanda-Angola, de Rogéria Gillemans. Op. cit., P.98 a 102, ISBN 978-989-20-1341-1. Reservado o direito de autor, previsto e protegido pela Lei, como tal, a sua cópia total ou parcial não autorizada é um acto ilícito passível de acção, previsto na Lei!


    
Os féretros com as vítimas do terrorismo, junto da Igreja do Carmo, na baixa da cidade, onde decorreram as cerimónias exequiais, assistidas por milhares de pessoas.




Fotos da Revista LIFE
 cobriu os acontecimentos do Terrorismo de 04 de Fevereiro:
Chegada dos féretros ao cemitério de Santa Ana. 

Capela do cemitério de Santa Ana




Milhares de pessoas ocorreram ao cemitério de Santa Ana para assistirem aos funerais, que não teve espaço para tanta gente, grande parte limitaram-se a assistirem aos funerais do lado de fora do cemitério, na despedida  às primeiras vítimas do terrorismo internacional em Angola.


   Em Luanda foi imposto o recolher obrigatório. Na caça aos terroristas os muceques Sambizanga, São Paulo, Rangel e  Marçal foram passados a pente fino. O Exército, a  Polícia e grupos de defesa/milícia civil, passaram a controlar os acessos à cidade onde foram levantadas barreiras como protecção, aos passantes era exigida identificação, local de trabalho e nome da empresa, e foram-lhes estabelecidos horários de entrada e saída nos postos de controlo junto das barreiras. 
Os Sipaios (polícias africanos, que desempenhavam funções nos postos administrativos, nas zonas rurais, e policiavam e controlavam os muceques), passaram a policiar os muceques com mais frequência. 
Pela acção do Exército, da Polícia, e dos grupos de Defesa Civil rapidamente a paz e a ordem foi restabelecida na capitalMas, ainda assim, em Angola ignorava-se o que os EUA preparavam dentro do Congo contra  Portugal.


Manuel Alves das Neves, o cónego Terrorista.











Manuel Alves das Neves para dar continuidade ao terrorismo esperava uma remessa de armas de fogo enviadas de Léopoldville, pelo fracasso dos ataques na capital, não foram enviadas, e fez Holden Roberto e os outros congoleses ignorarem os apelos do cónego.
Com as mortes dos terroristas, as detenções, e a fuga de alguns para o Congoprocedia-se à captura e prisão dos mandatários do terrorismo, entre esses, o cónego Manuel Alves das Neves.



Nenhum destes elementos na organização, e nos assaltos a 04 de Fevereiro de 1961 tinha ligações ao MPLA, (dirigido por Viriato da Cruz ) que encontrava-se confinado na Guiné-Conakry e encontrava-se em fase embrionária e sem implantação em Angola. 
No Congo Belga enquadravam a UPNA, Herbert Pereira Inglês e Manuel da Costa Kimpiololo, passando a UPA de Papá Pinnock, Manuel Barros Sidney Nekaka e Holden Roberto, João César Correia, asseguravam a ligação entre estes e o principal responsável em Luanda pela UPA, o cónego Manuel das Neves que, pelas suas constantes viagens de Léopoldville-Luanda-Léopoldville, tinha por alcunha o Vai-e-Vem.                    

Holden Roberto nasceu em São Salvador do Congo hoje (Mbanza-Congo) província do Zaire a 12 de Janeiro de 1923, era de origem bakongo, e foi auxiliar e aprendiz de feitiçeiro, desde a infância viveu sempre no Congo Belga, fez os estudos primários em Léopoldville, desconhecia as realidades do povo e do território angolano. 
A UPA era um agrupamento bakongo tribalista e racista, o território bakongo incluía São Salvador no norte de Angola e parte do Congo Belga. Os bakongos desde as suas origens remotas, foram sempre tribalistas e racistas e dedicavam-se às práticas de feitiçaria e de canibalismo. Nos passaportes emitidos pela Tunísia, Holden Roberto adoptava os nomes de Joe Gilmore ou Rui Ventura.
A partir de 1959 os EUA contratou-o, ao seu serviço, com uma avença de 900 dólares mensais. Entretanto, Holden Roberto, ao mesmo tempo, mantinha contactos com a China e a União Soviética. E, assim, as Nações Unidas preparava-se o cenário que devia dar consistência externa às actividades dos conspiradores. 
No ex-Congo Belga, o political officer da Embaixada americana em Kinshasa, Frank Carlucci, amamentava um Holden Roberto.  Mais tarde, em 1964, é o mesmo Frank Carlucci que, na Tanzânia, manipulará Eduardo Mondlane que desencadeará o terrorismo no norte de Moçambique.

No dia 15 de Março de 1961, a questão de Angola foi inscrita para debate na agenda do Conselho de Segurança por proposta da Libéria-Firestone. Votaram contra Portugal, a União Soviética, a República Árabe Unida, o Ceilão e os Estados Unidos da América. Nesse mesmo dia, bandos de terroristas armados pela Ford Foundation, oriundos do ex-Congo Belga invadiram Angola e espalham o terror nas áreas dos distritos dos Dembos, do Zaire e do Uíge, baixa Cassange, em Nambuangongo, onde instalaram o quartel general, no Quicabo e em Quitexe.                   
Era a gentalha da mirífica UPA (União dos Povos de Angola) encabeçada por Holden Roberto, mecânico de automóveis na Ford, pupilo da senhora Eleanor Roosevelt, protectora insigne da Associação (protestante) da Liberdade Religiosa, viúva do paralítico de Yalta – concunhado do Mobutu Sese Seko, antigo auxiliar do exército indígena belga, e considerado o homem de palha da CIA. 
Se a Libéria era governada pela Firestone, se o primeiro presidente do Togo foi servente da Unilever, porque é que o futuro presidente da República de Angola não poderia ser um antigo bate-chapas da Ford cuja Fundação pagava as despesas do Terrorismo? 
O caso é que Holden Roberto seguiu num avião americano especial para Belgrado, onde foi participar na conferência dos países não alinhados.



Do Livro "LONGE É A LUA" - Memórias de Luanda-Angola, de Rogéria Gillemans. Op. cit., P.98 a 102, ISBN 978-989-20-1341-1. Reservado o direito de autor, previsto e protegido pela Lei, como tal, a sua cópia total ou parcial não autorizada é um acto ilícito passível de acção, previsto na Lei!



TERROR EM ANGOLA-MASSACRES DO 15 MARÇO 1961:

 O que aconteceu no Norte de Angola em Março de 1961 é "Terrorismo"
 não pode ser mascarado com eufemismos. E a palavra "Massacre" é a única apropriada!


A maior barbárie perpetrada por Inumanos - Monstros, contra pessoas indefesas, um crime contra a humanidade, instigado por interesses estrangeiros alheios a Portugal,  levado à prática no século xx, em tempo de paz, a soldo de alguns dólares, ou qualquer outra moeda estranha e de boa cotação no mercado mundial, para aqueles, que se serviram de Assassinos que davam largas aos seus ancestrais sentimentos sanguinários, racistas, de crimes e de ferocidade.


 Estávamos na Páscoa, a população de Luanda ainda fazia o luto pelas vítimas do Terrorismo a 04 de Fevereiro. Na madrugada de 15 para 16 de Março uma onda de terrificantes ataques que nos fazem gelar, assolou o norte da província portuguesa, devastando populações inteiras, terror perpetrado por grupos de selvagens assassinos com a sigla UPA que vinham do Congo Belga de Léopoldville, Brazaville e Katanga (treinados por indivíduos especializados nas escolas de subversão de Pequim, Moscovo, Praga, ou Conakry) às ordens dos negros racistas e tribalistas e de Holden Roberto que se passeava em carros americanos de luxo, com chauffeur às ordens, pelas ruas de Leopoldville ou em outra qualquer cidade do Congo, (apelidando-se a si mesmo de salvador das gentes de Angola). Que em nome da paz e da liberdade contratava facínoras, assassinos, cujo objectivo era matar pessoas indefesas, homens, mulheres, crianças, recém-nascidos, adolescentes e crianças por nascer,… não interessava a condição nem a idade…a ordem era Matar e Destruir!!!… Matar!!!... Matar!!!... Mata o Branco!!!.... Mata o Branco!!!...Assassinando indiscriminadamente. Matar e destruir tudo que fosse branco... todas as aves que fossem brancas. Destruir todas as flores que fossem brancas!... 

 E o chão tremeu com a sarabanda dos gritos selvagens clamando a protecção dos espíritos. O sangue avermelhou os rios. E empapou a terra. As lágrimas e os gritos das mulheres violadas e despedaçadas ergueram-se desesperadamente para os céus. Os incêndios encarniçaram a madrugada. Nas vilas, nas povoações, e nas fazendas de café, na região dos Dembos, Uíge, Úcua, Maquela do Zombo, Luango, Madimba, Béu, Cuima, Sacandica, Quimbele, Damba, Bembe, Santa Cruz, Sanza Pombo, São Salvador, Mavoio, Quibocolo, Bessa Monteiro, Ambrizete, Ambriz, Zamba, Negage, Mucaba, 31 de Janeiro, Carmona, Nambuangongo, Pedra Verde, Quicabo, Zala, Quitexe, Quifangongo, Quibaxe, Caxito, Ambrizete, Ambriz, Porto Quipiri, Quimbanze, Mungage, Bumbe, Ambuíla, Dambe, Canda, Songo, Nova Caipemba, Zenguela, Bungo, Puri, Kindeje, Dange, Cangola, Piri, Alto Zaza, Aldeia Viçosa, Vista Alegre, Bula Atumba, Ambaça, Camabatela, Alto Cauale, Muxaluando, Quimbele, Zalala, Pango Aluquém. Foram assassinados à catanada e mutilados milhares de portugueses, 1.200 europeus e 3.800 africanos negros e mestiços. Mas o número de vítimas é maior: Muitos os corpos nunca foram encontrados. Muitos fugindo à horda assassina perderam-se nas matas e acabaram por serem mortos e comidos pelas hienas ou vítimas de canibalismo. Muitos outros... homens, mulheres e adolescentes foram feitos prisioneiros pelos assassinos e levados para Congo para serem exibidos como troféus aos mandates dos crimes, e após serem torturados foram mortos.  
Durante os massacres, os assassinos davam vivas a Lumumba e à UPA.  Regavam as vítimas em vida com gasolina e deitavam-lhes fogo. Pilhavam e incendiavam as casas, as fazendas, os aldeamentos dos trabalhadores Bailundos e derrubaram dezenas de árvores para impedir ou atrasar o avanço do exército português.  Entre os terroristas mortos os militares portugueses descobriram chineses com a cara e as mãos pintadas para se fazerem passar por negros.

 A prática de feitiçaria, o Kimbombo, liamba, e o canibalismo faz parte da cultura de Angola e integravam a sanha terrorista. O “Kimbombo”  é uma droga alucinogénia com alto teor alcoólico de fabrico caseiro, feito a partir da fermentação do suco extraído das palmeiras (ou de farelo de milho), com liamba à mistura. Os feiticeiros, instrumentalizados pelos mandatários no Congo, fabricavam o “Kimbombo” e forneciam-no aos assassinos para que drogados actuassem nos crimes com maior selvageria.
Os primeiros militares portugueses, do 1º Esquadrão de Reconhecimento dos Dragões de Luanda, a irem para as zonas dos terrificantes massacres encontraram frascos com Kimbombo em posse dos terroristas capturados ou mortos, e nos covis onde os terroristas se reuniam com os feiticeiros destruíram vários barris com essa bebida, alguns com o preparado ainda em fermentação. O “kimbombo” estava rigorosamente proibido pelas autoridades portuguesas.
Durante os rituais dessa magia negra, os feiticeiros ordenavam aos Terroristas para comerem os órgãos dos brancos e banharem-se com o seu sangue, incutindo-lhes que os tornavam imortais e ficavam com mais força (os militares portugueses encontraram corpos humanos cortados em pedaços e cobertos com sal dentro de barris, para serem comidos pelos ferozes assassinos), e incutiam que as balas dos portugueses "eram água" não matavam, e no caso de serem feridos para se esconderem no capim porque aí não morriam, e diziam-lhes que Lumumba tinha ressuscitado e que tinha dado ordens de matar. 


 Manhãs de 15 e 16 de Março de 1961, no Norte de Angola. 
 Manhãs quentes e tórridas talhadas a golpes de catana na carne de inocentes, em terras que há quase cinco séculos eram terras cristãs de Portugal. 
 Manhãs de feras assassinas à solta, assoladas de longe por outras feras maiores e ainda mais cruéis e mais traiçoeiras e mais cobardes! 
 Manhãs dos selvagens assassinos, ao serviço duma política do ódio e de mentiras, que a partir de outros países, preparavam metodicamente as formas de levarem à prática os seus horrendos crimes. 
 Manhãs hediondas e trágicas do crime teledirigido pelos que falavam de paz e fomentam a guerra: 
 Manhãs ensanguentadas e malditas pelo massacre das crianças que são o sorriso de Deus neste mundo, das mães que prolongam a vida, dilaceradas das próprias entranhas, dos homens de mãos calejadas que tiravam da terra o pão de cada dia... 
 Manhãs do crime que degolou meninos por nascer, depois de rasgarem o ventre materno em que se ocultavam. 
Manhãs do Terror no genocídio de carnes vivas retalhadas a golpes de catana, crianças inocentes abertas ao meio de um só golpe ou com os olhitos vazados e deixadas para continuarem a viver o seu drama nas trevas. 
Manhãs do crime que foi apadrinhado por nove dos onze membros do chamado Conselho de Segurança. Nove!...Número da Cabala e do Apocalipse. Nove: noves fora, nada! Nada de honestidade, nada de verdade, nada de justiça, nada de humanidade, nada de civilização, nada de sensibilidade, nada de paz, nada de fraternidade, nada de bom senso... 


Eis o libelo dos crimes impulsionados de fora:
 Em Nova Caipemba, era ainda cedo. Apesar de a gente do mato ser madrugadora, a maior parte dos brancos ainda se não levantara da cama. Homens, mulheres e crianças dormiam tranquilamente, sem armas e sem medo, dentro dos hábitos de uma secular convivência euro-africana, nas suas casitas de um só piso, construídas sabe Deus com que sacrifícios... 
As portas, apenas encostadas no trinco, as janelas que davam para a rua a menos de um metro do chão abertas de par em par, para os vizinhos, amigos e o céu estrelado. Na luz suave do alvorecer, ágeis e silenciosos como felinos, os assassinos entraram nos quartos onde homens, mulheres e crianças dormiam ainda... Foi tão simultâneo e traiçoeiro o assalto que muito poucos tiveram tempo de soltar um grito. O sono de numerosos brancos, pretos e mestiços de Nova Caipemba terminava num gorgolejo de sangue sob o gume afiado, como lâminas, das catanas ... 
 Naquela fazenda das proximidades do Quitexe, o patrão tinha-se levantado antes do nascer do sol, para arrumar umas contas da pequena loja em que abastecia o pessoal da sua fazenda e das vizinhas. Pouco depois, a mulher e um filho de catorze anos levantaram-se também. 
As duas filhas, uma de dez e outra de doze anos, continuavam a dormir, serenas e graciosas, no seu quartito que era o melhor e o mais enfeitado da casa. Por volta das 6.30h, o homem abriu a porta da loja e ficou atrás do balcão, à espera dos habituais fregueses do copo matinal de vinho ou do cálice da aguardente. 
Minutos decorridos, chegaram cinco pretos grandes, no jeito de quem vai para o trabalho. – Patrão, um copo de vinho! — pediu um do grupo. – Um copo grande...
 O branco escolheu na prateleira um dos copos maiores, enxaguou-o na água da celha e curvou-se para o barril do vinho. E neste acto de se curvar, ofereceu aos terroristas a posição que eles previam e esperavam. O golpe foi tão fundo e certeiro no pescoço, que o breve e lancinante grito da vítima esbarrou contra a lâmina fria da catana... Para além da porta de comunicação com a parte familiar da casa, a mulher, apavorada por aquele grito, tinha tirado da mesa de cabeceira um velho revólver do marido e empunhava-o com mão trémula, prestes a desmaiar.
 – Dê-me o revólver, mãe! — disse o filho de catorze anos. – E por amor de Deus, não se deixe ir abaixo! Tenha coragem e vá acordar as minhas irmãs! Contagiada pela decisão do filho, a pobre mulher obedeceu instintivamente. 
O filho dobrou a culatra do revólver e verificou que tinha as seis balas no tambor. Então, sem ruído, abriu a porta, e com uma serenidade terrível, abateu com cinco tiros seguidos os cinco assassinos que, antes de prosseguir na chacina, não tinham resistido à tentação duma garrafa de aguardente ... 
– Venha, mãe — chamou o filho para dentro, com os olhos rasos de água postos no cadáver do pai. – Não gritem! — acrescentou, quando a mãe e as irmãs acudiram e levaram as mãos à boca, horrorizadas. 

– Não gritem, que pode ser perigoso! Ajudem-me a transportar o pai para a carrinha!.. Mudamente, a viúva e os órfãos transportaram o corpo para o carro e cobriram-no com um lençol. Depois, aquele rapazinho de catorze anos, a quem o pai deixava às vezes guiar a carrinha, sentou-se virilmente ao volante e meio cego pelas lágrimas que teimavam em inundarem-lhe os olhos, correu a avisar um tio que vivia noutra fazenda, a dezoito quilómetros de distância... 
Só no dia 16 é que a gente de Madimba soube que a vaga sangrenta começara a rolar e vinha já perto. Reuniram-se os homens e correram a S. Salvador a pedir auxílio e armas. Levaram para fora da povoação as mulheres e as crianças e esconderam-nas entre o capim alto, contando que o desígnio dos assassinos não os levasse a passarem por ali. 
 Perto de Maquela do Zombo numa empresa de serração de madeiras vinte e sete europeus, foram amarrados a estacas de madeira, de braços e pernas aberta e serrados vivos com serras mecânicas, bebés retalhados nos seus berços, crianças degoladas à frente dos pais, crianças de tenra idade e bebés suspensos pelas pernas eram atiradas contra paredes até ao seu completo esmagamento, mulheres grávidas esventradas e crianças por nascer arrancadas a golpes de catanas eram jogados como bola, faziam o mesmo com as cabeças decepadas dos europeus e dos Bailundos. 
 Mulheres e adolescentes violadas à frente dos seus maridos e dos seus pais (que sob as lâminas das catanas foram obrigados a presenciar os horrendos crimes) para depois serem esquartejadas. Mulheres com os seios cortados e sem olhos, ventres maternos rasgados.


 Que dizer daquela criança de cinco anos, a pequenina, Eugénia Leonor Soares da Ressurreição, que viu assassinarem toda a sua família pais, irmãos e prima à catanada e que foi tão desumanamente mutilada, encontrada com vida e levada para o hospital em Luanda, onde ficou internada. 
 Que dizer daquele menino de sete anos degolado pelas catanas e que dizer de todos os meninos nascidos ou por nascer barbaramente assassinados!... 
 Que dizer daquele pai espancado até à sua loucura, com as pernas do seu filho decepadas pelas catanas!... 
Que dizer de brancos e mestiços pregados a tábuas para serem esquartejados à catanada, ou crucificados e a seguir degolados!... 
Que dizer de milhares de seres humanos inocentes e pacíficos trabalhadores. Vítimas do ódio, do racismo, do tribalismo. 
Na fazenda de José Poço, perto do Quitexe, um dos proprietários é esquartejado aos bocados com requintes de ferocidade. Valeu que um seu filho, criança de onze anos, com a pistola do pai, fez frente aos assassinos para defender a mãe, cobardes que só se atreviam a atacar gentes indefesas e à traição que perante uma criança de onze anos com uma arma nas mãos recuaram e fugiram. 


Em Cassoneca, António Diogo Ferreira, o Soba de uma povoação recusou de deixar de trabalhar para os portugueses, usou da palavra para manifestar o seu repúdio às mentirosas campanhas internacionais e a sua determinação de continuar português até à morte, os terroristas assassinaram toda a sua família, a ele, ainda em vida, a golpes de catanas abriram um golpe no peito arrancaram-lhe o coração, a seguir foi esventrado ficando com os intestinos expostos. 
                                                                        
                                                            António Diogo Ferreira, 
                    o Soba da povoação de Cassoneca, com o seu povo, 
ano 1954.
                 
                                                       Ícolo e Bengo - Cassoneca,
a casa do Soba, António Diogo Ferreira, que recusou de deixar de trabalhar para os portugueses, usou da palavra para manifestar o seu repúdio às mentirosas campanhas internacionais e, a sua determinação de continuar português até à morte, e foi assassinado como toda a sua família. 


                                                         Ícolo e Bengo - Cassoneca,
           residência e casa comercial pilhada e incendiada pelos Terroristas.



Na vila de 31 de Janeiro, o cabo de Sipaios, Sebastião Domingos Baxe, lutou sozinho até à morte contra mais de meia centena de terroristas, dias depois na reocupação foi encontrado, assassinado à catanada, abraçado à bandeira portuguesa. 
                                                    
                                                           Imagem do livro  de Reis Ventura .

                                                        

O Ministro do Ultramar, Dr. Adriano Moreira, aquando a sua vista às zonas flageladas pelos terroristas, com a bandeira manchada com o sangue de Sebastião Domingos Baxe, o Herói  da povoação 31 de Janeiro.


Nas zonas flageladas pelo terrorismo, grupos de portugueses aguentaram-se heroicamente durante semanas, enquanto os militares de Luanda não chegavam para os libertar.


                                                                        
 Do Livro "LONGE É A LUA" - Memórias de Luanda-Angola, de Rogéria Gillemans. Op. cit., P.98 a 102, ISBN 978-989-20-1341-1. Reservado o direito de autor, previsto e protegido pela Lei, como tal, a sua cópia total ou parcial não autorizada é um acto ilícito passível de acção, previsto na Lei!


                                                            A povoação de Quitexe.


 Quitexe, a casa do cantoneiro transformada em reduto de defesa 
casa de transmissões.

Vila de Carmona.

Tabi. Fazenda Glória de Fonseca & Filhos
               a residência principal foi transformada em fortim.

            
Zala. O posto de enfermagem da povoação pilhado e incendiado pelos Terroristas.

  Zala. Casa pilhada e incendiada pelos Terroristas.

Zala. Casa pilhada e incendiada pelos Terroristas.

                                                        Lifune, Fazenda "La Luinha", 
                    reduto construído para protecção dos trabalhadores.
                    
                           Gupo de Defesa  Civil constituído pela população da zona atacada.
                        
                                                                 Damba, Defesa Civil.
               O edifício do Aeródromo da vila foi usado como forte para defesa.
                       

  
              Pango-Aluquém. Defesa civil constituída pelos fazendeiros.                                                                                                
           
  A população  removendo as árvores derrubadas pelos terroristas para  obstruírem a passagem do Exército.

 Após a chegada do exército português, a população nativa fugida das zonas atacadas pelos Terroristas, regressa aos aldeamentos.


Em 1930, para não recuar mais no tempo, o norte de Angola era improdutivo e bravio, uma selva abrupta de matas e extensos capinzais. A presença honesta e corajosa do homem, ofertando a estômagos vazios, o comércio, a indústria, o arroz, a ginguba, a mandioca, o feijão, o café, o algodão e outros produtos da terra, começou por trabalhar as terras deixando as matas aparadas nas serras e nos vales, nas encostas e nos morros, estendendo-se a perder de vista, por muitos milhares de hectares, onde existia capim e a selva deu lugar a milhões de pés de café, fizeram estradas e picadas boas ou más, ligando as vilas e povoações, pontes e jangadas a unirem as margens de rios ou esbeiçamentos de terras, a braço de homem nasciam as produtivas e bonitas fazendas, vilas e povoações no norte de Angola. Em 1961, o café era o principal pilar económico de Angola e a província era dos maiores produtores mundiais de café.

 A seguir à segunda guerra mundial, o café passou a ser um produto de grande consumo diário na América, os americanos voltaram-se para a sua importação a baixos preços, voltando-se para os territórios onde existia a produção agrícola do café. 
As bonitas e pacíficas vilas, as produtivas fazendas de café  e aldeamentos do norte de Angola que até então representavam o trabalho, o progresso, a economia, a convivência e a paz, foram transformadas em campos de morte e de drama, no cenário mais dramático, terrificante e inadmissível ao ser humano, por ferozes e hediondos assassinos drogados, que assassinaram traiçoeiramente gente indefesa, enquanto dormiam ou se preparavam para começarem pacificamente o seu dia de trabalho. Os americanos desconhecendo a história e a realidade de Angola, esperavam que pelo Terror e Massacres os portugueses fugissem de Angola.



Do Livro "LONGE É A LUA" - Memórias de Luanda-Angola, de Rogéria Gillemans. Op. cit., P.98 a 102, ISBN 978-989-20-1341-1. Reservado o direito de autor, previsto e protegido pela Lei, como tal, a sua cópia total ou parcial não autorizada é um acto ilícito passível de acção, previsto na Lei!





 
ANGOLA ENTROU EM CONVULSÃO:
 
A população de Luanda, das cidades e vilas do interior de Angola foi mobilizada, aumentaram-se os efectivos do exército e das milícias civis, recrutaram-se todos os rapazes em idade militar que viviam em Angola, reforçou-se a polícia, fez-se tudo o que era possível para enfrentar a horda de assassinos. No início de 1961, os efectivos militares contavam com 5000 militares africanos e 1500 metropolitanos, eram escassos face aos terrificantes e vastos massacres. Angola necessitava urgentemente de reforços. 
Entretanto, tinham começado a chegar a Luanda os feridos e os refugiados das fazendas, das vilas e das povoações, brancos, negros e mestiços, crianças e adultos perdidos ou escondidos nas matas, e as imagens dos horrores perpetrados pelos terroristas, notícias do desespero e dos dramas que estavam a ser vividos no norte de Angola. Chegavam, igualmente, as informações de actos de coragem, de patriotismo e de heroicidade, da parte de muitos portugueses, independente da raça. 

A 16 de Março de 1961, chegou a Angola o primeiro contingente de pára-quedistas, e no dia 21 foram evacuadas para Luanda mais de 3.500 pessoas que viviam no norte de Angola. Muitas mulheres recusaram ir para Luanda, quiseram ficar a combaterem ao lado dos seus maridos defendendo os seus bens, defendendo o território português, combateram com armas nas mãos os assassinos, como autênticas heroínas portuguesas, como a heróica combatente miliciana de Carmona, Margarida Marques Teixeira.
Em Luanda, uma manifestação espontânea de milhares de portugueses brancos, negros e mestiços, representando Angola inteira foram ao Palácio do Governo, para dizerem ao governador da Província que podiam contar com as suas vidas para a defesa intransigente da Pátria.  O largo fronteiro ao Palácio foi cenário de uma grandiosa e espontânea manifestação de repulsa contra as blasfémias proferidas nas Nações Unidas, exibiam a bandeira portuguesa e cartazes onde se lia:
- Aqui Só Existem Portugueses,  Somos Negros,  Mas Somos Portugueses -.




A 22 de Março, milhares de portugueses fazem uma manifestação de repúdio, contra as políticas e ingerência americana, junto do consulado dos EUA na Avenida Paulo Dias de Novais, e contra as mentiras forjadas, orientadas e apoiadas pela ONU, amesquinhando a verdade. 
Os portugueses revoltados e em fúria lançaram o carro do consul para as águas da baía, invadiram o edifício e hastearam a bandeira portuguesa numa das varandas, e  retiraram os símbolos americanos que passavam a representar um dos inimigos de Portugal.


Do Livro "LONGE É A LUA" - Memórias de Luanda-Angola, de Rogéria Gillemans. Op. cit., P.98 a 102, ISBN 978-989-20-1341-1. Reservado o direito de autor, previsto e protegido pela Lei, como tal, a sua cópia total ou parcial não autorizada é um acto ilícito passível de acção, previsto na Lei!

         

As feitiçarias fizeram parte dos rituais ao Terrorismo. 

Jornal "a Provincia de Angola -1961 Março 30, Quarta-Feira"
e "Diário da Manhã":
 "Três expressivas imagens dos comparsas  dos sinistros acontecimentos do norte, que documentam os instintos primitivos daqueles que de humano têm apenas a identidade morfológica, e aos quais os srs. Stevenson, Mennen Williams e outros, persistem em chamar o «povo de Angola»."

Maneca Paca

 Aspecto sinistro, dentes carníveros - cerrados em bico - uso entre os canibais, e uma barbicha musgosa na ponta do queixo-típica dos feiticeiros- aos quais a vida humana não tinha qualquer significado ou valor. 
Maneca Paca era Bakongo “Kinzare Nambuangongo” uma expressão usada por ele "Kinzare" Feitiçeiro. Pela prática de canibalismo e feitiçaria era uma legenda no norte de Angola, e era o terror dos pacatos aldeamentos indígenas, do qual tinham pavor só de ouvirem o seu nome. 
Pelos relatos dos crimes praticados nos aldeamentos indígenas por onde passava, ele era já do conhecimento dos administradores das povoações do distrito, e do conhecimento dos militares portugueses, nunca o conseguiram capturar, por se embrenhar nas matas onde se escondia nos covis que escavava no subsolo. Desde sempre as autoridades portuguesas fizeram caça a tribos ou seitas antropófagas, que existiam nos recantos secretos a norte do território. Ainda que fosse ocorrência esporádica praticavam homicídio motivado por rituais de canibalismo ou por magia negra envolvendo envenenamento. 
Nos anos 50 deslocava-se com frequência ao Congo Belga ao serviço de Holden Roberto  (segundo uns, Maneca Paca era o feiticeiro mestre de Holden Roberto). 
Durante o ano 1959 participou nos ataques terroristas contra os Belgas. Holden Roberto designou-o quadro da UPA e chefe de um grupo de Terroristas, a seguir regressa aos Dembos, fixa-se em Mucondo região do  Úige: percorrendo Aldeia-Viçosa,Vista-Alegre, Quibaxe, Quicabo, Úcua, e Caxito, onde instruía e preparava os negros para o terrorismo nos massacres.
Este Satânico Monstro é abatido na zona do Caxito, a cabeça foi-lhe decepada e espetada numa estaca para exemplo aos terroristas do seu grupo e outros. 

As colunas militares avançavam, quando o Batalhão 96 chegou à vila de Mucondo, onde grupos de terroristas da UPA se refugiaram, mas fugiram quando um avião da Força Aérea apareceu, os militares do Batalhão 96 no povoado de Cólua descobriram sinais de canibalismo. Este terrificante e infame quadro foi trabalho do Terrorista Maneca Paca, entre outros chefes terroristas, que tiveram participação na mutilação de quatro soldados de uma secção de cinco soldados que investigavam a situação no pequeno povoado de Cólua em 2 de Abril.  Um soldado conseguiu fugir mas depois foi capturado e morto. 


Declarações de extrema violência, de  horror e trauma: 
No Posto Administrativo de Aldeia Viçosa, o bailundo, Severino José, declarou que fora obrigado a acompanhar os terroristas desde o dia 15 de Março de 1961.
 E continua:  "(...) do massacre de Cólua nada sabe além de cozinhamento dos quatro militares a quem cortaram os dedos e os testículos para pendurando-os nuns paus para secarem e depois comerem (...)" 
 "(...) O Bomboco e, sobretudo, o Simão Lucas organizaram autênticos espectáculos de canibalismo,começando com os quatro soldados brancos agarrados no Cólua, obrigando os bailundos a cozinhá-los e a participar do festim nas festividades ... 
O pessoal de Quiguenga conseguiu agarrar um sargento que fugira do Cólua e cozinhou-o. O soldado morto há poucos meses atrás foi levado para o Cólua e igualmente cozinhado, tendo o declarante participado no festim, tal e qual como os outros bailundos, aqueles que se negavam eram mortos e igualmente comidos, tendo o declarante assistido à morte de pelo menos vinte e cinco bailundos e que teve igualmente de participar. 
Desde a primeira hora todos os que morreram, quer brancos, quer bailundos, quer naturais da terra, foram comidos e jamais se procedeu ao seu enterramento, pelo menos no que diz respeito ao Cauanga-Cólua-Quinguenga, embora saiba, por ouvir dizer, que nas outras partes (povoações) se faz a mesma coisa.» 

As vítimas portuguesas que foram enterradas nos locais onde eram assassinadas, frequentemente grupos terroristas que entraram em cena vários dias depois desenterravam-nas e comeram partes do corpo.

  Vale do Loge-Cólua.
                      


O EXÉRCITO EM ANGOLA:


DA BAIXA DO CASSANGE A NAMBUANGONGO:
Os primeiros Grandes e Heróicos homens a irem para o norte em defesa
 da Pátria e do seu povo:

                                                       
                                                             Bengo, Alto-Lifune.

 Ambriz.
O pó levantado nas picadas à passagem da coluna militar, e o cheiro dos cadáveres em decomposição obrigaria os rapazes do Esquadrão de Reconhecimento de Luanda (DRAGÕES)  ao uso do lenço, levado ao pescoço, como máscara, ao chegarem às zonas dos massacres depararam-se com uma visão dantesca, imagens nunca vistas, inimagináveis, e de trauma: Homens, mulheres, adolescentes, crianças e bebés esquartejados com requintes de selvageria praticado por "Inumanos Monstros". 


                  
                                E fizeram honra ao seu mote e divisa:
          E não pouparam esforços pela defesa da Pátria e do povo de Portugal. 
E a razia aos terroristas é posta em acção, centenas de terroristas são abatidos. E por cada terrorista abatido era pintado a branco caveira e tíbias na frente e lados dos jipes do Esquadrão de Reconhecimento de Luanda (DRAGÕES),  tornando-se o temor dos Terroristas.

Abril 1961, os Heróicos soldados portugueses do Esquadrão de Reconhecimento de Luanda (DRAGÕES),  no combate e caça aos Terroristas!


Árvores derrubadas pelos terroristas para obstruírem 
e retardarem a passagem do exército.


  
Quimbele.  
      
    
                                                                                Pedra Verde
                                
            
                                                         Pedra Verde.                                                                   
   
                                                                    Pedra Verde.
   
   
Batalha no Zala.

  
                                                            Zona da Beira Baixa
  
   Coluna da reocupação da Beira-Baixa-Nambuangongo.

  
Reconquista  da Beira-Baixa,
                       1º Esquadrão de Reconhecimento dos Dragões de Luanda.
Esq: António Manuel Rodrigues, 1º Cabo Rádio-Telegrafista do 1º Esquadrão de Reconhecimento dos Dragões de Luanda, criado no ano 1959, sob o comando de José Maria de Mendonça Júnior, fundador e 1º Comandante dos Dragões, na época Capitão da Arma de Cavalaria.

  
                                      Santa Eulália, destruição dos covis dos terroristas.
      Esq: António Manuel Rodrigues, 1º Cabo Rádio-Telegrafista 
do 1º Esquadrão de Reconhecimento (DRAGÕES) de Luanda.

Beira-Baixa-Nambuangongo.
                             
  
  Nambuangongo "Operação Viriato" destruição dos covis dos terroristas.

  
Militares do 1º Esquadrão de Reconhecimento (DRAGÕES) de Luanda
 capturam um terrorista com a catana com que assassinava 
e esquartejava seres humanos.

  
Militar do 1º Esquadrão de Reconhecimento dos Dragões,
com um terrorista capturado.

Três exemplares representantes dos tais independentistas 
de Angola.

    
         Nambuangongo "Operação Viriato", destruição dos covis dos Terroristas.                             
 
Após a recuperação de Nambuangongo, 
               os militares colocam a bandeira portuguesa na Igreja. 
                                  
              
        
                                                Prestando veneração à Pátria
                     de entre estes Grandes Heróis houveram lágrimas de emoção.
         
  
No contentamento do soldado o sino da Igreja repicou pela mão da civilização.
                                                    
                              
            
     Igreja de Nambuangongo,
     saqueada e destruída por fogo posto pelos terroristas. 

             
   Vila de Nambuangongo. 
          




E, HERÓIS HOUVERAM-OS:
Homens que dignificaram e honraram a Pátria
 e a farda que envergaram!   
José Maria de Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria do Exército Português,
 fundador  do 1º Esquadrão de Reconhecimento dos Dragões de Luanda, criado no ano 1959,  e 1º Comandante dos Dragões, na época Capitão da Arma de Cavalaria.  Condecorações: Serviços Distintos e Relevantes Com Palma, De Mérito,  Avis, Cruz Vermelha, De Campanhas.

           No Terreiro do Paço, Lisboa, no 10 de Junho 1963, Dia de Camões 
 Dia da Raça”  o Alferes Fernando Augusto Colaço Leal Robles, da  Companhia de Caçadores Especiaisé condecorado pelo Presidente da República, Almirante - Américo Tomás, com a Medalha de Prata do Valor Militar, com Palma.


Não obstante a resistência inesperada e tenaz dos elementos populacionais alvos do terrorismo teleguiado, uma palavra clara, inequívoca da Metrópole, sobre o futuro de Angola era ansiosamente esperada por todos.
É então que Salazar ocupa a pasta da Defesa Nacional e pronuncia o discurso memorável de 13 de Abril 1961 - cerca de um mês volvido sobre o 15 de Março, efeméride tristíssima jamais esquecida pelos portugueses de Lei e de Honra.
Pareceu que a concentração de poderes da Presidência do Conselho e da Defesa Nacional bem como a alteração de alguns altos postos noutros sectores das Forças Armadas facilitaria e abreviaria as providências necessárias para a defesa eficaz da Província. 


Sua Excelência o Chefe da Nação, Prof. Dr. António de Oliveira Salazar,
 numa verdadeira proclamação épica, anunciou à Nação:
 “Se é necessário fornecer uma explicação para o facto de eu haver assumido a direcção da pasta da Defesa Nacional antes mesmo da remodelação ministerial que vai seguir-se pode semelhante explicação resumir-se a uma palavra e essa palavra é Angola. Agir rapidamente e em força, tal o objectivo que porá à prova o nosso espírito de reacção. Um dia só que seja em que possam poupar-se sacrifícios e vidas, e há que não desperdiçar uma hora sequer desse dia, a fim de que Portugal consiga mobilizar todos os esforços que lhe são exigidos para defender Angola  e  com Angola, a integridade da nação”.
“Para Angola, rapidamente e em força!”





Em fins de Março começaram a chegar contingentes militares a Luanda.
A cidade de Luanda, ou melhor, toda a Província de Angola, preparou-se para receber os homens que chegavam do Minho, de Trás-os-Montes, das Beiras, da Estremadura, do Alentejo e do Algarve em defesa das terras e do povo de Portugal de Além-Mar.

Estava previsto o desfile pela Av. Paulo Dias de Novais do 1º contingente militar desembarcado em Luanda, a população civil na euforia de se sentirem protegidos dos terroristas, avançou pela Marginal envolvendo os soldados com uma alegria enorme...


Para garante da paz restabelecida, seguiram-se centenas de desembarques.
Na Avenida Paulo Dias de Novais, a marginal de Luanda, centenas de milhares de pessoas de todas as raças acotovelaram-se para os ver desfilar os militares ao som do Hino Nacional e,  de Angola é Nossa.

MARCHA MILITAR-ANGOLA É NOSSA.










O Chefe da Nação, 
   Prof. Dr. António de Oliveira Salazar, condecorando um Herói.
     
      
Um Herói é condecorado pelo Presidente da República, 
Almirante - Américo Tomás.



EM 1967 EM ANGOLA,
ERAM CRIADOS OS GRUPOS ESPECIAIS DE COMBATENTES:

Após o surgimento do Terrorismo Internacional em Angola, em resposta à necessidade de segurança em Angola, cinco anos depois, em 1966, foram criados vários grupos de defesa paramilitar autóctones.
Organização Provincial e Voluntários de Defesa Civil de Angola (OPVDCA) - milícia fundamentalmente urbana, constituída essencialmente por portugueses brancos;
Guarda Rural - força auxiliar da Polícia de Segurança Pública, vocacionada para a defesa de empresas e explorações agrícolas;
Formações Aéreas Voluntárias - milícia aérea;
Grupos Especiais (GE) - unidades auxiliares formadas em 1968, constituídas por voluntários africanos de etnia local, que operavam adidas às unidades locais do Exército Português, praticamente só operaram na zona leste, no seu auge em Angola existiam 99 grupos GE de 31 homens cada grupo.
Tropas Especiais (TE) - Esta força era inicialmente um grupo de 1.200  ex-terroristas  que abandonaram a UPA, mais tarde FNLA, e passaram a combater por Portugal, operavam nas zonas de Cabinda e várias regiões do norte de Angola em ambos os lados da fronteira. Atingiram 2.000 efectivos organizados em 4 Batalhões com 16 grupos de combate de 31 homens cada um.
Fieis Catangueses ou simplesmente Fieis – era uma força composta por militares e polícias zairenses da região do Catanga, exilados por se oporem ao regime de Mobutu, estes militares e policias refugiaram-se em Angola juntamente com as suas famílias perfazendo um total de quase 5.000 pessoas. Desses exilados o exército português seleccionou 2.000 e organizou-os em 3 Batalhões de 5 companhias cada, estando esses três batalhões colocados em Chimbila (Lunda Sul)  Camissombo e Gafaria (Lunda Norte). Esses Batalhões tinham os seus próprios oficiais e sargentos.
Leais Zambianos ou simplesmente Leais - força composta por exilados zambianos.



Entre esses grupos os “Flechas”, Força paramilitar, também conhecidos por “Caçadores Guerreiros do Leste de Angola”, para a recolha de informações de interesse político-militar português no Leste de Angola.Os Flechas eram bosquímanos, nasceram na região do Cuando-Cubango, difundiram-se à vila de Gago Coutinho, região de Moxico. Efectuavam as suas missões sempre sozinhos. Tinham como objectivo detectarem os terroristas. Bastava conduzirem acções de vigília para obterem mais informações e esperarem para fazer uma emboscada. A ordem era que capturassem os terroristas e os levassem para serem interrogados. Porém, isso raramente acontecia — na maioria das vezes, os “Flechas” acabavam por matar os terroristas durante os confrontos. Devido ao sucesso obtido, no Leste de Angola (onde o nome Flechas causava intimidação aos terroristas, a sua actuação resultara no desmantelamento de entrepostos, rotas logísticas e acampamentos, e também em inúmeras emboscadas infligidas particularmente no interior do refúgio na Zâmbia). Com a derrota do terrorismo, os Flechas chegaram à região de Luanda, Luso (Luena) e Caxito, onde assumiram um carácter especial por serem aí antigos insurgentes  do MPLA capturados pelas tropas portuguesas.  Mais tarde o recrutamento de novos Flechas foi estendido a outros grupos étnicos que não os originais bosquímanos.
Após a entrega de Angola ao comunismo qualificada como descolonização exemplar, "mais de 2.000 Flechas angolanos, que lutaram ao lado de Portugal, foram "chacinados" pelo genocida MPLA nos primeiros sete meses de poder. Famílias atrás de famílias foram assassinadas numa série de massacres. Num só caso, cerca de 130 bosquímanos foram mortos a tiro num genocídio sangrento nos arredores de Mavinga, Os massacres, estendiam-se a todos os bosquímanos angolanos, foi estimado que cerca de 25% dos bosquímanos angolanos foram mortos nos primeiros sete meses de poder do MPLA. Como consequência, muitos fugiram para a África do Sul, onde se juntaram às Forças Armadas Sul-Africanas para formar o Grupo de Combate Alfa, que se tornaria, depois, o Batalhão 31". Registo do antigo "Marine" norte-americano, John P. Cann.

                                                                             
                                                             
OS  FLECHAS
                                     Os Flechas e o Governador Rebocho Vaz.


Uma das festas convívio dos Flechas.





O objectivo fundamental do partido comunista (mal)dito português era a expulsão de Portugal dos territórios ultramarinos, designadamente de Angola.  
A intervenção americana no que respeita a 1974, teve um condicionamento e um condicionalismo internos, ténues que fossem. Mas, não em 1961, ligados à corrida do café, tornado produto rico no termo da II Guerra Mundial, com os americanos a tornarem-se seus grandes apreciados e consumidores, não há dúvida a sua participação, para o rebentamento da onda terrorista de 15 de Março de 1961 no norte de Angola, o condicionalismo internacional é de longe o mais importante - ia mesmo a dizer o único que merece a maior atenção - dada a extrema violência e a extensão do movimento. 
O 25 de Abril de 1974, gira em torno dos famosos "ventos da História" que já sopravam com estrépito e alarido... vindo a calar-se misteriosa e miseravelmente quando a satânica ex-União Soviética finalmente estoirou de modo hilariante.    
O 15 de Março de 1961, é propositadamente esquecido pela esquerda porque é favorável a Portugal, ultrapassou em ferocidade tudo quanto é lícito supor: homens, mulheres, adolescentes e crianças esquartejados, queimados e serrados vivos; filhos mortos diante dos pais, mulheres violadas e mortas diante dos maridos...crianças assassinadas, espostejadas nos seus berços... Intuito de tamanha selvajaria, que acompanha a implantação do comunismo - o socialismo científico - em todo o mundo: afastar os portugueses europeus de Angola, pela Violência, pelo Terror, pelo Medo. 


Na ONU sabia-se com antecedência do que iria acontecer no 15 de Março de 1961 no norte de Angola, e esperava-se uma vitória rápida e segura dos terroristas!...Vê-se quem tinha a mão por baixo. Ultrapassou em ferocidade tudo quanto é lícito supor: homens, mulheres, adolescentes e crianças esquartejados, queimados e serrados vivos; filhos mortos diante dos pais, mulheres mortas diante dos maridos...crianças assassinadas, espostejadas nos seus berços... Intuito de tamanha selvajaria, que acompanha a implantação do comunismo - o socialismo científico - em todo o mundo. 
De outra parte, os terroristas foram armados, municiados, drogados e fanatizados com promessas de todo o género por estrangeiros, como sobejamente se sabe, para afastar os portugueses europeus, em especial, e mestiços de Angola, pela violência, pelo medo. 
O facto de a violência indescritível ter caído também sobre os trabalhadores Bailundos é denunciador do desejo do bakongo - a tribo revoltada - vir a governar Angola... Não é nada de admirar: em África a solidariedade entre tribos não existe.
  A vitória portuguesa frente ao terrorismo no norte de Angola, foi um duro golpe aos congoleses, soviéticos e chineses de Lumumba, e aos americanos de Holden Roberto.
A derrota do terrorismo deixou os americanos tão admirados ( à causa da guerra no Vietnam)  que solicitaram informação sobre as tácticas usadas. Nesta derrota ao terrorismo do 15 de Março e os meses seguintes a população civil de todas as etnias, também, teve grande contributo no restabelecimento da paz e da ordem.

A senha em código, com as instruções da UPA  para os ataques e lista com alguns nomes dos cabecilhas.
" (CASAMENTO DA FILHA DE NOGUEIRA), limpar bem as aldeias, as árvores que dão sombra nesta cidade devem ser todas cortadas. Os que estão nas aldeias ou Kimbos devem vir na cidade para festejarem. Pintar bem as pontes."
O (CASAMENTO DA FILHA DE NOGUEIRA) - significava os acontecimentos  do dia 15 de Março.
Limpar bem as aldeias – significava destruir, incendiar e, matar os trabalhadores Bailundos.
As árvores que dão sombra nesta Cidade devem ser cortadas – significava cortar as cabeças de todos os portugueses homens, mulheres e crianças.
Os que estão nas aldeias ou Kimbos  devem vir na cidade para festejarem – significava  irem  todos para as matas.
Pintar bem todas as pontes – significava  destruí-las. 
No caso das crianças, as ordens dadas verbalmente pelos mandatários e pelos feiticeiros aos assassinos terroristas, eram explícitas: (têm que matar todas as crianças, porque quando crescerem vão ser colonialistas e, para elas morrerem têm que lhes cortar as cabeças para terem a certeza que estão mortas e, fazerem o mesmo com as crianças que vão nascer das mulheres que estão grávidas, elas não podem nascer).


Os cabecilhas dos terroristas do Congo que entraram para Angola:
Pedro Vida Garcia,  Manuel Bernardo,  Manuel Cosme, Tussamba Kua Nzambi,  José Lelo e Pedro Rodrigues Sadi, Holden Roberto (José Gilmore ou Rui Ventura), Frantz Fanon de nacionalidades antilhana, argelina e congolesa. De origens remotas dos Dembos (Angola),  Manuel Cosme e José Lelo.
Algumas zonas distribuídas a alguns cabecilhas dos terroristas e locais de reunião:
Bengo (Luanda), Uíge e Kuanza Norte (Malange), em 10 de Março no Centro de Nova Caipemba,
Bengo (Luanda), Uíge e Kuanza Norte (Malange).
Província do Uíge:  Pedro Vida Garcia, Manuel Bernardo e Pedro Rodrigues Sadi.
O  detonador de sinal para os ataques foi no Clube de São Salvador do Congo,  às 00h00 do dia 14 de Março de 1961, hora transitória para o dia 15, lançado por Frederico e Manuel Cosme. 
Um dos locais de reunião foi junto à igreja no centro de Nova Caipemba no dia 10 de Março.


Do Livro "LONGE É A LUA" - Memórias de Luanda-Angola, de Rogéria Gillemans. Op. cit., P.98 a 102, ISBN 978-989-20-1341-1. Reservado o direito de autor, previsto e protegido pela Lei, como tal, a sua cópia total ou parcial não autorizada é um acto ilícito passível de acção, previsto na Lei!
                              
      
 EM MEMÓRIA DE TODAS AS VÍTIMAS DO TERRORISMO DE 1961,
 A 04 DE FEVEREIRO EM LUANDA, E 15/16 DE MARÇO NO NORTE DE ANGOLA:
"Famílias inteiras destroçadas e, outras, que nunca se recuperaram do trauma"

Igreja do Quitexe:

Passada a horda dos Energúmenos Terroristas, os portugueses para recordarem as vítimas  colocaram os nomes em lápides na parede da igreja. Sobressaem e choca as idades das crianças assassinadas, entre elas a filha e o filho de José Albuquerque.
José Albuquerque conhecido por "Faísca"era um campeão português de ciclismo, venceu a volta a Portugal duas vezes, primeiro pelo Clube Atlético de Campo de Ourique, depois com a camisola do seu clube de eleição, o Sporting Clube de Portugal. Nos anos 40 foi para Angola, em Luanda trabalhou nos escritórios do CTT, tempos depois fixou-se no Quitexe onde trabalhava para a empresa de Celestino Guerra. Na manhã  15 de Março de 1961, a mulher e filhos são barbaramente assassinados na vila de Quitexe, durante a sua ausência a Luanda. José Albuquerque caiu em depressão, mergulhado na dor e no álcool, arrastou-se penosamente por Angola, até que um grupo de pessoas o ajudaram a regressar a Portugal, em meados da década de 70. Viria a falecer no início dos 
anos 80.

A Igreja de Quitexe.
  com as lápides com os nomes das vítimas assassinadas pelos Terroristas.






Milhares de portugueses foram assassinados em Terras de Portugal.

Honrai a Pátria para que sejais honrados.
Dignificai a Verdade para que sejais dignos.



O que aconteceu em Angola foi "TERRORISMO" ao serviço dos interesses dos inimigos de Portugal.  Os verdadeiros heróis foram os primeiros militares do exército português em Angola a irem para as zonas atacadas pelos selvagens assassinos terroristas, e os civis que integraram as milícias:  brancos, negros e mestiços das populações atacadas, que viveram o terror e viram o horror da inumana barbárie dos massacres de 15/16 de Março (à causa do Terrorismo internacional telecomandado pelos EUA, Rússia e China).
Esses militares souberam desafiar os perigos de toda a ordem. Embrenhados nas matas passaram necessidades de toda a espécie: Sem comerem à vários dias (sobrevivendo à base de bolachas) viam os sacos com alimentos lançados por aviões caírem nas zonas onde se escondiam os terroristas. Passando sede, por temerem que a água dos rios estivesse envenenada, ao mesmo tempo que avançavam tinham que remover milhares de troncos de árvores derrubadas pelos terroristas, tiveram que improvisar pontes por estas terem sido destruídas, percorreram a pé centenas de quilómetros por picadas de terra ou entre matagais por não existirem estradas asfaltadas nas zonas,  dormiam nas matas ao relento por falta de quartéis, em caso de feridos contavam apenas com os escassos socorros que levavam e muitas vezes tinham de os improvisar.
Salvando, protegendo, dando sepultura a corpos mutilados ou o que restava desses corpos humanos, que fizeram do horror coragem recolhendo peça a peça desses corpos mutilados espalhados por vasta aérea.
Reconstruíndo casas, aldeamentos indígenas, estradas e pontes, transportando pessoas e bens de primeira necessidade ou evacuando doentes em condições meteorológicas adversas, mas sempre com um único objectivo a defesa intransigente da Pátria e do seu povo, no salvar e proteger.
 Estes são os verdadeiros Heróis.  E, ao Terror, ao horror e aos desumanos massacres deram o verdadeiro nome..."TERRORISMO". 





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