O Comissário, António da Silva Cardoso, fugiu, abandonou povo e território de Portugal, voou para casa para consultas em Lisboa, ele deixou para trás uma terra rasgada e sangrando, a decomposição dos cadáveres, contaminados, pelas cidades, e falta de abastecimento de água (abastecimento sabotado pelos bandoleiros). O combate entre os movimentos rivais engolia o último território Africano de Portugal e à causa dos ditos Comissários levantou desde o início a perspectiva de uma transição não ordenada a 11 de Novembro 1975.
Estima-se que 4.000 pessoas, a maioria negros, morreram nos combates desde o início do ano de 1975 até ao dia 11 de Novembro, onde a luta se tinha concentrado na capital, Luanda, e onde grupos rivais se impunham em duelos de artilharia pesada, passando ao norte e centro do território e para o enclave de Cabinda que é rico em petróleo. Ao norte alguns dos mais sangrentos combates ocorreram em torno de Malange, e na área de cultivo de café a 250 milhas a leste de Luanda.
Devido aos grupos armados, a maioria menores de idade, que atacavam as viaturas nas estradas que ligavam as cidades e as vilas do interior à capital, e onde famílias inteiras de portugueses foram assassinadas quando fugiam para Luanda. Os portugueses das zonas norte e centro decidiram partir em direcção ao sul, formando um enorme comboio de viaturas ligeiras e pesados, essa rota foi considerada perigosa, era necessária protecção militar, solicitada essa protecção as tropas portuguesas de Abril recusaram fornecer uma escolta armada. Apesar dos perigos, a maior parte desse comboio chegou com segurança a Nova Lisboa, a segunda maior cidade de Angola, onde já se encontravam 20 mil refugiados brancos à espera de evacuação. Cena caótica. Outros seguiram ao longo da costa do Lobito para o sul, Namibe/Moçâmedes, rumo às fronteiras com o Sudoeste da África e da África do Sul, ao longo do percurso iam-se juntando outras viaturas de portugueses das várias vilas e cidades do sul de Angola.
Luanda era uma cena caótica as pessoas fugiram dos combates nos subúrbios e lotaram o centro da cidade em busca de protecção. Milhares de negros atolados nas praias à espera de barcos com destino aos portos mais tranquilos que, ainda, existiam no norte, enquanto os brancos acampados na capital, no aeroporto Craveiro Lopes, clamando pelos voos de Lisboa. Para lidar com a crise de emergência começaram por seis aviões por dia, aumentando os voos por dia quando a França se junta ao esforço de evacuação, as autoridades estrangeiras chamaram ao envio de aviões de "ponte aérea de emergência do caos", mesmo assim, era duvidoso que o transporte aéreo fosse capaz de acomodar todos. Praticamente todos os 430 mil portugueses brancos que ainda restavam queriam sair, e ninguém tinha a certeza de quantos africanos de Angola, estima-se 5.400.000 negros, tentariam sair.
No norte, mais de meio milhão de angolanos negros fugiram para o Zaire, durante a guerra (no retorno em antecipação da "independência" foram-lhes cortadas as fontes de alimento e ameaçados pela fome).Estima-se que 4.000 pessoas, a maioria negros, morreram nos combates desde o início do ano de 1975 até ao dia 11 de Novembro, onde a luta se tinha concentrado na capital, Luanda, e onde grupos rivais se impunham em duelos de artilharia pesada, passando ao norte e centro do território e para o enclave de Cabinda que é rico em petróleo. Ao norte alguns dos mais sangrentos combates ocorreram em torno de Malange, e na área de cultivo de café a 250 milhas a leste de Luanda.
Devido aos grupos armados, a maioria menores de idade, que atacavam as viaturas nas estradas que ligavam as cidades e as vilas do interior à capital, e onde famílias inteiras de portugueses foram assassinadas quando fugiam para Luanda. Os portugueses das zonas norte e centro decidiram partir em direcção ao sul, formando um enorme comboio de viaturas ligeiras e pesados, essa rota foi considerada perigosa, era necessária protecção militar, solicitada essa protecção as tropas portuguesas de Abril recusaram fornecer uma escolta armada. Apesar dos perigos, a maior parte desse comboio chegou com segurança a Nova Lisboa, a segunda maior cidade de Angola, onde já se encontravam 20 mil refugiados brancos à espera de evacuação. Cena caótica. Outros seguiram ao longo da costa do Lobito para o sul, Namibe/Moçâmedes, rumo às fronteiras com o Sudoeste da África e da África do Sul, ao longo do percurso iam-se juntando outras viaturas de portugueses das várias vilas e cidades do sul de Angola.
Luanda era uma cena caótica as pessoas fugiram dos combates nos subúrbios e lotaram o centro da cidade em busca de protecção. Milhares de negros atolados nas praias à espera de barcos com destino aos portos mais tranquilos que, ainda, existiam no norte, enquanto os brancos acampados na capital, no aeroporto Craveiro Lopes, clamando pelos voos de Lisboa. Para lidar com a crise de emergência começaram por seis aviões por dia, aumentando os voos por dia quando a França se junta ao esforço de evacuação, as autoridades estrangeiras chamaram ao envio de aviões de "ponte aérea de emergência do caos", mesmo assim, era duvidoso que o transporte aéreo fosse capaz de acomodar todos. Praticamente todos os 430 mil portugueses brancos que ainda restavam queriam sair, e ninguém tinha a certeza de quantos africanos de Angola, estima-se 5.400.000 negros, tentariam sair.
Altas patentes do Movimento das Forças Armadas de Portugal deram o aval ao envio de tropas cubanas e armas soviéticas para Angola em 1975, escreve nas suas memórias Oleg Najestkin, antigo agente secreto soviético.
Rogéria Gillemans