No fim da II Guerra Mundial, os acordos de Yalta entregaram à URSS metade de Europa, e alguns países de África. Porém os povos escravizados revoltaram-se: exemplos típicos dessa rebelião ocorreram em Berlim (1953), na Polônia e Hungria (1956).
Mais de dois milhões de alemães fugiram pelas fronteiras ainda abertas. Tais acontecimentos constituíram um plebiscito incessante, atestando a recusa popular do paraíso operário.
O Muro e seu prolongamento — a Cortina de Ferro — contiveram a sangria desmoralizante. Mas o sistema comunista desaparecia na miséria, na fome, nas prisões arbitrárias, nos internamentos e isolamento dos intelectuais, nas torturas, nos assassinatos em massa, na paralisia, e num crescente descompasso técnico e económico com o Ocidente. Os fracassos das guerrilhas na América Latina e em África, a frustração do "eurocomunismo" amordaçar povos de nações pela força, seria a derrota, caso não encontrassem eco na colaboração de alguns criminosos prosélitos do comunismo, que mediante golpe de estado e pela traição entregassem esses povos e nações, como aconteceu em Portugal a 25 de Abril de 1974. A vergonhosa derrota no Afeganistão foram episódios finais da agonia dos soviéticos. Nessa fase terminal, tomou corpo a idéia de salvar a chama comunista, com a tentativa de sacrificar o esclerosado regime dos soviéticos e dar um "salto para frente" para imergir na utopia.